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10 Anos da Revista EMERJ - Emerj - Tribunal de Justiça do Estado ...

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azão afirma Humberto Theo<strong>do</strong>ro Junior que a i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> é <strong>de</strong> casos,<br />

e não <strong>de</strong> causas, eis que <strong>do</strong> contrário estar-se-ia diante <strong>de</strong><br />

litispendência, e não <strong>de</strong> li<strong>de</strong>s repetitivas. 7<br />

Com justiça critica-se a expressão sentença <strong>de</strong> total improcedência<br />

lança<strong>da</strong> no texto legal, eis que a sentença ou é <strong>de</strong> improcedência,<br />

ou não. Não há sentença <strong>de</strong> improcedência parcial, uma<br />

vez que, neste caso, o julgamento é <strong>de</strong> procedência, pois parte <strong>da</strong><br />

pretensão autoral terá si<strong>do</strong> atendi<strong>da</strong>.<br />

Assim, há <strong>de</strong> o julga<strong>do</strong>r observar se a matéria lhe trazi<strong>da</strong> naquela<br />

inicial é efetivamente idêntica a casos anteriores já julga<strong>do</strong>s<br />

improce<strong>de</strong>ntes naquele juízo. Observe-se que não há necessi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> se tratar <strong>de</strong> julga<strong>do</strong>s <strong>do</strong> mesmo juiz, mas <strong>do</strong> órgão judiciário on<strong>de</strong><br />

tramita a <strong>de</strong>man<strong>da</strong>.<br />

Para o juízo <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quação, aprecian<strong>do</strong>-se a i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> entre<br />

as questões, novamente o julga<strong>do</strong>r terá <strong>de</strong> lançar mão <strong>de</strong> criterioso<br />

exame entre o caso concreto em apreciação e os casos-paradigma,<br />

anteriormente julga<strong>do</strong>s; somente caben<strong>do</strong> a aplicação <strong>do</strong> dispositivo<br />

em caso <strong>de</strong> perfeita similitu<strong>de</strong>, sob pena <strong>de</strong> afronta ao princípio<br />

<strong>da</strong> isonomia e <strong>da</strong> própria segurança jurídica que o dispositivo também<br />

preten<strong>de</strong> alcançar.<br />

Observe-se que se a parte enten<strong>de</strong> que seu caso, apesar <strong>de</strong><br />

similar, diferencia-se <strong>de</strong> casos anteriormente julga<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>verá, até<br />

por medi<strong>da</strong> <strong>de</strong> cautela, expor na própria inicial os pontos <strong>de</strong> distinção,<br />

o que indica necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> também ser feito um juízo prévio<br />

<strong>de</strong> comparação com casos-paradigma eventualmente julga<strong>do</strong>s no<br />

âmbito <strong>da</strong>quela circunscrição territorial.<br />

Neste mesmo senti<strong>do</strong> é a lição <strong>de</strong> Humberto Theo<strong>do</strong>ro Junior:<br />

"é indispensável que a questão <strong>de</strong> direito suscita<strong>da</strong> na nova<br />

<strong>de</strong>man<strong>da</strong> seja exatamente a mesma enfrenta<strong>da</strong> na sentença<br />

anterior. As causas i<strong>de</strong>ntificam-se pelo pedi<strong>do</strong> e pela causa <strong>de</strong><br />

pedir. Se a tese <strong>de</strong> direito for a mesma, mas a pretensão é<br />

diferente, não se po<strong>de</strong> falar em 'casos idênticos' para os fins <strong>do</strong><br />

7 THEODORO JUNIOR, Humberto. As novas reformas <strong>do</strong> Código <strong>de</strong> Processo Civil, Rio <strong>de</strong> Janeiro: Forense,<br />

2006, p. 17<br />

118 <strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>EMERJ</strong>, v. 11, nº 41, 2008

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