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10 Anos da Revista EMERJ - Emerj - Tribunal de Justiça do Estado ...

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mecanismo <strong>de</strong> efetivação <strong>da</strong> <strong>de</strong>cisão con<strong>de</strong>natória prolata<strong>da</strong> em fase<br />

cognitiva e que, agora, dispensan<strong>do</strong> processo executivo ex intervalo,<br />

permite que o jurisdiciona<strong>do</strong> obtenha, mediante meios executivos<br />

diretos ou indiretos, aplica<strong>do</strong>s <strong>de</strong> maneira complementar, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> obrigação conti<strong>da</strong> no conteú<strong>do</strong> <strong>de</strong>cisório, a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ver efetiva<strong>da</strong> sua pretensão relativa ao pedi<strong>do</strong> inicial.<br />

Uma obrigação, no plano <strong>do</strong> direito material, constitui-se em<br />

um liame existente entre sujeitos, sen<strong>do</strong> que <strong>de</strong> um la<strong>do</strong> se põe aquele<br />

que passa a ter o po<strong>de</strong>r subjetivo <strong>de</strong> exigibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uma prestação<br />

<strong>de</strong>fini<strong>da</strong> no aspecto objetivo <strong>de</strong> to<strong>da</strong> obrigação e <strong>de</strong> outro, aquele<br />

que <strong>de</strong>verá adimplir a referi<strong>da</strong> prestação, por força <strong>da</strong> lei ou <strong>da</strong> convenção<br />

a que se obrigou.<br />

Se não cumpri<strong>da</strong> a referi<strong>da</strong> prestação, o <strong>de</strong>ve<strong>do</strong>r, por força <strong>de</strong><br />

seu comportamento omissivo, gera a <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong> crise <strong>de</strong> cooperação,<br />

produzin<strong>do</strong>-se o inadimplemento, ensejan<strong>do</strong> assim, a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> restauração (ou prevenção) <strong>do</strong> direito subjetivo viola<strong>do</strong> ou<br />

ameaça<strong>do</strong>, pela sentença con<strong>de</strong>natória. 2<br />

De forma generaliza<strong>da</strong>, tem-se afirma<strong>do</strong> que o processo<br />

sincrético seria marca<strong>da</strong>mente fun<strong>da</strong><strong>do</strong> na técnica <strong>da</strong> executivi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

lato sensu, ou seja, na sistemática que engloba atos <strong>de</strong> cognição e<br />

<strong>de</strong> execução na mesma relação processual, e que a natureza jurídica<br />

<strong>da</strong> sentença prolata<strong>da</strong> seria diversa <strong>de</strong> uma sentença con<strong>de</strong>natória,<br />

pois nesta não haveria o chama<strong>do</strong> corte na base <strong>da</strong> legitimi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

que a sentença <strong>de</strong> natureza executiva lato sensu ofertaria ao autor<br />

ou ao Réu no momento em que consigna em seu conteú<strong>do</strong> disposição<br />

sobre a posse ou o direito relativo ao bem <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> pretendi<strong>do</strong>.<br />

Esta característica remontaria, segun<strong>do</strong> a melhor <strong>do</strong>utrina, por<br />

exemplo, a uma sentença possessória, em que o juiz reconhece na<br />

própria <strong>de</strong>cisão a legitimi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> posse <strong>de</strong> uma partes (ao autor se<br />

proce<strong>de</strong>nte e ao réu se se manifesta pela improcedência), permitin<strong>do</strong><br />

ao mesmo, logo após o seu trânsito em julga<strong>do</strong>, na mesma relação<br />

processual, efetivar a referi<strong>da</strong> <strong>de</strong>cisão, através <strong>de</strong> atos <strong>de</strong> subrogação<br />

conseqüentes <strong>da</strong> <strong>de</strong>cisão prolata<strong>da</strong>, para a obtenção <strong>de</strong> seu<br />

propósito, in casu, sen<strong>do</strong> expedi<strong>do</strong> man<strong>da</strong><strong>do</strong> <strong>de</strong> reintegração <strong>de</strong><br />

2 Nesse senti<strong>do</strong>, a lição <strong>de</strong> Proto Pisani, Lezioni di diritto processuale civile, 3.ed., Napoli, Jovene, 1999, p. 34<br />

270 <strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>EMERJ</strong>, v. 11, nº 41, 2008

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