09.05.2013 Views

10 Anos da Revista EMERJ - Emerj - Tribunal de Justiça do Estado ...

10 Anos da Revista EMERJ - Emerj - Tribunal de Justiça do Estado ...

10 Anos da Revista EMERJ - Emerj - Tribunal de Justiça do Estado ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Ação Individual<br />

e Ação Coletiva<br />

O Fenômeno <strong>da</strong> Unitarie<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />

a Legitimi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Agir<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>EMERJ</strong>, v. 11, nº 41, 2008<br />

Marcelo Daltro Leite<br />

Procura<strong>do</strong>r <strong>de</strong> <strong>Justiça</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro e Mestre em Direito pela Universi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Estácio <strong>de</strong> Sá.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

A ação é um direito 1 público, autônomo e abstrato. Público<br />

porque correspon<strong>de</strong> a "uma situação jurídica <strong>de</strong> que <strong>de</strong>sfruta o autor<br />

perante o Esta<strong>do</strong>" 2 . Autônomo porquanto sua existência não está<br />

subordina<strong>da</strong> à existência <strong>do</strong> alega<strong>do</strong> direito subjetivo material objeto<br />

<strong>da</strong> li<strong>de</strong>. Abstrato em relação à natureza <strong>do</strong> provimento jurisdicional,<br />

isto é, há direito <strong>de</strong> ação ain<strong>da</strong> que a sentença seja <strong>de</strong> improcedência<br />

<strong>do</strong> pedi<strong>do</strong>; não há qualquer vinculação entre o direito <strong>de</strong> ação e<br />

a natureza <strong>do</strong> provimento jurisdicional.<br />

O exercício <strong>do</strong> direito <strong>de</strong> ação está sujeito, no entanto, ao<br />

preenchimento <strong>de</strong> "requisitos básicos, sem cuja presença o órgão<br />

jurisdicional não estará em situação <strong>de</strong> enfrentar o litígio e <strong>da</strong>r às<br />

partes uma solução que componha <strong>de</strong>finitivamente o conflito <strong>de</strong><br />

interesses" 3 .<br />

1 Parte consi<strong>de</strong>rável <strong>da</strong> <strong>do</strong>utrina enten<strong>de</strong> que a ação não é um direito, mas um po<strong>de</strong>r. A discussão a respeito <strong>de</strong>sta<br />

questão não se afigura relevante para o tema em exame neste capítulo <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a indicar que a mesma <strong>de</strong>va ser<br />

trata<strong>da</strong> nesta obra.<br />

2 CINTRA, Antônio Carlos <strong>de</strong> Araújo, GRINOVER, A<strong>da</strong> Pellegrini, DINAMARCO, Cândi<strong>do</strong>. Teoria geral <strong>do</strong> processo.<br />

São Paulo: RT, 1979, p. 219.<br />

3 THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso <strong>de</strong> Direito Processual Civil. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Forense, 2005, p. 62<br />

235

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!