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10 Anos da Revista EMERJ - Emerj - Tribunal de Justiça do Estado ...

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mento <strong>de</strong> sentença, passan<strong>do</strong> os <strong>de</strong>mais atos a serem pratica<strong>do</strong>s<br />

pelo juízo.<br />

O prazo <strong>de</strong> cumprimento voluntário, <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> na lei em 15 (quinze)<br />

dias, se iniciará no primeiro dia útil posterior ao dia <strong>da</strong> publicação<br />

<strong>da</strong> intimação dirigi<strong>da</strong> ao advoga<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong>ve<strong>do</strong>r para cientificar seu<br />

cliente no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r ao cumprimento voluntário <strong>do</strong> <strong>de</strong>cisum.<br />

Teremos assim, um requerimento que <strong>da</strong>rá eficácia à sentença,<br />

configuran<strong>do</strong> níti<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> con<strong>de</strong>natória conseqüente <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>cisum prolata<strong>do</strong>.<br />

Muito embora o juízo possa até proce<strong>de</strong>r ao corte na base <strong>da</strong><br />

legitimi<strong>da</strong><strong>de</strong>, dirigin<strong>do</strong> ao Réu o coman<strong>do</strong> estatal <strong>de</strong> <strong>da</strong>r cumprimento<br />

à obrigação, a eficácia <strong>do</strong>s atos somente será bem <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong><br />

com a disposição <strong>do</strong> cre<strong>do</strong>r em buscar, através <strong>de</strong> seu requerimento,<br />

o início <strong>do</strong>s atos que levarão à obtenção <strong>do</strong> bem <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> postula<strong>do</strong>,<br />

até porque po<strong>de</strong>rá o mesmo não querer <strong>da</strong>r início ao cumprimento <strong>da</strong><br />

sentença, em vista <strong>de</strong> que a disposição sobre o crédito, por força <strong>da</strong><br />

lei, po<strong>de</strong> ser inicia<strong>da</strong> em até seis meses <strong>do</strong> trânsito em julga<strong>do</strong> <strong>da</strong><br />

<strong>de</strong>cisão, jamais se <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> enten<strong>de</strong>r que o cumprimento <strong>de</strong>va iniciar-se<br />

obrigatoriamente, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>da</strong> vonta<strong>de</strong> cre<strong>do</strong>r.<br />

Teríamos então con<strong>de</strong>nação sem processo autônomo <strong>de</strong> execução?<br />

Sim, e com atos específicos que formatam uma fase posterior<br />

à cognição para melhor permitir a entrega <strong>da</strong> prestação<br />

jurisdicional, sem que se tenha aqui, modificação <strong>da</strong> natureza jurídica<br />

<strong>da</strong> sentença, mas sim, tão e somente, política legislativa que<br />

visa ao emprego <strong>de</strong> meios <strong>de</strong> sub-rogação a fim <strong>de</strong> melhor aten<strong>de</strong>r<br />

a satisfação <strong>do</strong>s créditos <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s <strong>de</strong> con<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> soma em dinheiro.<br />

17-18<br />

17 Luis Rodrigues Wambier, Tereza Arru<strong>da</strong> Alvim Wambier e José Miguel Garcia Medina, em comentários à reforma<br />

processual, sustentam que " (...) é prevista uma medi<strong>da</strong> executiva coercitiva ope legis, já que o <strong>de</strong>scumprimento <strong>da</strong><br />

obrigação reconheci<strong>da</strong> na sentença con<strong>de</strong>natória acarretará a incidência <strong>de</strong> multa <strong>de</strong> <strong>10</strong>% sobre o valor <strong>da</strong><br />

con<strong>de</strong>nação. Embora a medi<strong>da</strong> coercitiva cita<strong>da</strong> inci<strong>da</strong> imediatamente, o que permite compreen<strong>de</strong>r a referi<strong>da</strong><br />

sentença, quanto a este ponto, como executiva lato sensu, o início <strong>da</strong> prática <strong>de</strong> atos <strong>de</strong> expropriação - penhora,<br />

arrematação, etc. - é condiciona<strong>do</strong> pelo art. 475-J <strong>do</strong> CPC ao 'requerimento <strong>do</strong> cre<strong>do</strong>r'. Assim, embora unifica<strong>da</strong>s<br />

procedimentalmente as ações <strong>de</strong> conhecimento e <strong>de</strong> execução, a sentença mantém aspecto peculiar que a<br />

caracteriza como con<strong>de</strong>natória: o <strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r, para a realização <strong>do</strong>s atos executivos, <strong>de</strong> requerimento realiza<strong>do</strong><br />

posteriormente ao seu proferimento, pelo cre<strong>do</strong>r". In Breves comentários à nova sistemática processual civil,<br />

v. II, São Paulo, RT, 2006. p. 144.<br />

18 V. Cássio Scarpinella Bueno, op. cit. , p. 32, sustentan<strong>do</strong> que "sentenças con<strong>de</strong>natórias po<strong>de</strong>m viver e, <strong>de</strong> resto, já<br />

vivem entre nós, sem processo <strong>de</strong> execução".<br />

282 <strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>EMERJ</strong>, v. 11, nº 41, 2008

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