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10 Anos da Revista EMERJ - Emerj - Tribunal de Justiça do Estado ...

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art. 285-A. Da mesma forma, não ocorrerá dita i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> se,<br />

mesmo sen<strong>do</strong> idêntico o pedi<strong>do</strong>, os quadros fáticos <strong>de</strong>scritos<br />

nas duas causas se diferenciarem." 8<br />

Encontran<strong>do</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> entre os casos, po<strong>de</strong>rá o juiz proferir,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo, sentença <strong>de</strong> improcedência. Afirma a lei que <strong>de</strong>verá<br />

reproduzir o teor <strong>da</strong> sentença anteriormente prolata<strong>da</strong>.<br />

Doutrina<strong>do</strong>res vêm <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> que <strong>de</strong>verá, então, simplesmente<br />

o julga<strong>do</strong>r copiar a sentença anterior. Temos que não é este o espírito<br />

<strong>da</strong> lei. Um caso A tem <strong>de</strong> ser julga<strong>do</strong> por sentença para aquele<br />

caso A, e não através <strong>de</strong> sentença que foi proferi<strong>da</strong> no caso B.<br />

Desta forma, o julga<strong>do</strong>r tem <strong>de</strong> lavrar sentença para aquele caso<br />

em julgamento. A reprodução <strong>do</strong> julga<strong>do</strong> anterior <strong>de</strong>ve estar<br />

inseri<strong>da</strong> na fun<strong>da</strong>mentação <strong>do</strong> julga<strong>do</strong>, a fim <strong>de</strong> se <strong>de</strong>monstrar que<br />

o caso concreto é idêntico aos casos-paradigma, sen<strong>do</strong> certo que<br />

alguns <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> inteiro teor <strong>da</strong> sentença anterior,<br />

ou <strong>da</strong>s sentenças anteriores, acompanharem, por cópia, o julga<strong>do</strong><br />

atual. A necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>, porém, é que o julga<strong>do</strong>r <strong>de</strong>monstre, <strong>de</strong><br />

forma clara, que o caso em comento é idêntico a casos anteriormente<br />

julga<strong>do</strong>s improce<strong>de</strong>ntes, para possibilitar a aplicação <strong>do</strong><br />

julgamento liminar <strong>de</strong> improcedência.<br />

4 - DISPENSA DE CITAÇÃO<br />

Convencen<strong>do</strong>-se o julga<strong>do</strong>r <strong>de</strong> que se enquadrar o caso nas<br />

disposições <strong>do</strong> art. 285-A <strong>do</strong> CPC, a sentença meritória é proferi<strong>da</strong><br />

sem prévia oitiva <strong>do</strong> réu.<br />

Não há ofensa ao contraditório na questão, uma vez que se<br />

contraditório, através <strong>do</strong> binômio informação-participação, é garantir<br />

à parte o direito <strong>de</strong> expor seus argumentos, para influenciar a<br />

formação <strong>de</strong> convencimento <strong>do</strong> julga<strong>do</strong>r, e se o réu, no fim <strong>da</strong>s contas,<br />

obterá um julgamento que lhe é integralmente favorável, não se<br />

justifica a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> citá-lo, pois a <strong>de</strong>cisão lhe será necessariamente<br />

favorável.<br />

8 THEODORO JUNIOR, Humberto. Ob. Cit., p. 16.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>EMERJ</strong>, v. 11, nº 41, 2008<br />

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