10 Anos da Revista EMERJ - Emerj - Tribunal de Justiça do Estado ...
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<strong>de</strong> sentença <strong>de</strong> improcedência (mérito) por falta <strong>de</strong> provas. Fora<br />
<strong>de</strong>stas hipóteses a eficácia preclusiva é pan-processual.<br />
A ampliação constitucional <strong>da</strong>s hipóteses <strong>de</strong> admissão <strong>da</strong> ação<br />
popular, ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira ação coletiva <strong>de</strong> legitimação individual, permitia<br />
uma utilização, por analogia, como propôs o mestre carioca, <strong>da</strong>s<br />
regras relativas à autori<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> coisa julga<strong>da</strong>.<br />
Basta que se veja a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ação popular para <strong>de</strong>fesa<br />
<strong>do</strong> meio ambiente e <strong>da</strong> morali<strong>da</strong><strong>de</strong> administrativa, conforme admiti<strong>do</strong><br />
pelo inciso LXXIII, <strong>do</strong> art. 5º, <strong>da</strong> Constituição <strong>da</strong> República, hipóteses<br />
não previstas na Lei n. 4.717/65, para se reconhecer que as<br />
regras que lhe são pertinentes po<strong>de</strong>m ser utiliza<strong>da</strong>s analogicamente<br />
nas ações individuais cujas li<strong>de</strong>s tenham natureza coletiva.<br />
Esta, enfim, a primeira solução, qual seja, admitir, em homenagem<br />
ao direito fun<strong>da</strong>mental <strong>de</strong> acesso à justiça, a legitimi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>do</strong> indivíduo, ofendi<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma direta em seu patrimônio, para<br />
ação individual que veicule pedi<strong>do</strong> <strong>de</strong> natureza <strong>de</strong> tutela coletiva<br />
e esten<strong>de</strong>r a autori<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> coisa julga<strong>da</strong>, produzi<strong>da</strong> em se<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
ação individual, a to<strong>da</strong>s as pessoas legitima<strong>da</strong>s à propositura <strong>de</strong><br />
outra ação, individual ou coletiva, em razão <strong>do</strong> vinculo <strong>da</strong><br />
unitarie<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
5. A LEGITIMIDADE ATIVA DO INDIVÍDUO PARA AÇÃO<br />
INDIVIDUAL DE NATUREZA COLETIVA UNITÁRIA E O<br />
PROCESSAMENTO DO FEITO COMO AÇÃO COLETIVA<br />
A segun<strong>da</strong> solução, elabora<strong>da</strong> a partir <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rações<br />
lança<strong>da</strong>s por Aluisio Gonçalves <strong>de</strong> Castro Men<strong>de</strong>s 29 , propõe que<br />
a ação individual seja admiti<strong>da</strong> e processa<strong>da</strong> pelo Juiz como ação<br />
coletiva, o que implicaria em se admitir <strong>de</strong> maneira transversa,<br />
em <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s hipóteses, a legitimação individual para ação<br />
coletiva:<br />
A situação é completamente diversa em relação aos interesses<br />
<strong>de</strong>nomina<strong>do</strong>s <strong>de</strong> "essencialmente coletivos". Os fatores pri-<br />
29 MENDES, Aluisio Gonçalves <strong>de</strong> Castro. Ações Coletivas no Direito Compara<strong>do</strong> e Nacional. São Paulo: RT,<br />
2002, p. 255/257.<br />
<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>EMERJ</strong>, v. 11, nº 41, 2008<br />
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