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10 Anos da Revista EMERJ - Emerj - Tribunal de Justiça do Estado ...

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“Art. 843. A transação interpreta-se restritivamente e por ela<br />

não se transmitem, apenas se <strong>de</strong>claram ou se reconhecem<br />

direitos”.<br />

O art. 166 <strong>do</strong> Código Civil, <strong>de</strong>ntre os eventos <strong>de</strong>terminantes <strong>da</strong><br />

nuli<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> negócio jurídico, preceitua que este será nulo quan<strong>do</strong>:<br />

“III - O motivo <strong>de</strong>terminante, comum a ambas as partes, for<br />

ilícito;<br />

VI - tiver por objetivo frau<strong>da</strong>r lei imperativa;<br />

VII - A lei taxativamente o <strong>de</strong>clarar nulo, ou proibir a prática,<br />

sem cominar sanção”.<br />

A frau<strong>de</strong>, como soe acontecer, po<strong>de</strong> verificar-se, tal como<br />

explicita o Código Civil, em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> simulação, que se caracteriza,<br />

<strong>de</strong>ntre outros motivos, quan<strong>do</strong> o negócio jurídico contiver ”<strong>de</strong>claração,<br />

confissão, condição ou cláusula não ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira” (art. 167,<br />

inciso II). Nas relações <strong>de</strong> trabalho é comum a simulação <strong>de</strong> mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

contratual com o objetivo <strong>de</strong> encobrir inquestionável relação<br />

<strong>de</strong> emprego. E o vício <strong>de</strong> consentimento imposto ao trabalha<strong>do</strong>r po<strong>de</strong><br />

advir <strong>de</strong> erro, <strong>do</strong>lo, coação, esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> perigo ou lesão irresistível.<br />

Pelo Código Civil os negócios jurídicos são anuláveis, ao contrário<br />

<strong>do</strong> negócio nulo, e prevalecem até que a nuli<strong>da</strong><strong>de</strong> seja <strong>de</strong>clara<strong>da</strong><br />

em juízo:<br />

a) quan<strong>do</strong> as <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> emanarem <strong>de</strong> erro substancial<br />

que po<strong>de</strong>ria ser percebi<strong>do</strong> por pessoal <strong>de</strong> diligência<br />

normal, em face <strong>da</strong>s circunstâncias <strong>do</strong> negócio (art. 138);<br />

b) por <strong>do</strong>lo, quan<strong>do</strong> este for a sua causa (art. 145), consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se<br />

<strong>do</strong>loso o silêncio intencional <strong>de</strong> fato ou quali<strong>da</strong><strong>de</strong> que,<br />

se conheci<strong>do</strong> pela outra parte, o negócio não se teria realiza<strong>do</strong><br />

(art. 147);<br />

c) por coação capaz <strong>de</strong> viciar a <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

uma <strong>da</strong>s partes (art. 151), cumprin<strong>do</strong> na sua análise, ter “em<br />

conta o sexo, a i<strong>da</strong><strong>de</strong>, a condição, a saú<strong>de</strong>, o temperamento<br />

<strong>do</strong> paciente e to<strong>da</strong>s as <strong>de</strong>mais circunstâncias que possam influir<br />

na gravi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>la” (art. 152);<br />

40 <strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>EMERJ</strong>, v. 11, nº 41, 2008

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