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Os Pré-socraticos - Coleção Os Pensadores(pdf)(rev) - Charlezine

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nada é igual ao nada, não passa para o ser, nem vice-versa; do igual, portanto,<br />

nada pode provir". O ser, o um da Escola Eleática é apenas esta abstração, este<br />

afundar-se no abismo da identidade do entendimento. Este modo, o mais antigo,<br />

de argumentar é ainda, até o dia de hoje, válido, por exemplo, nas assim<br />

chamadas demonstrações da unidade de Deus. A isto vemos ligada uma outra<br />

espécie de raciocínio metafísico: são feitas pressuposições, por exemplo, o poder<br />

de Deus, raciocinando-se, a partir daí, negando-se predicados. Esta a maneira<br />

comum de nós raciocinarmos. No que se refere às determinações, deve-se<br />

observar que elas, enquanto algo negativo, devem ser mantidas afastadas do ser<br />

positivo e apenas real.<br />

Para ir a esta abstração fazemos um outro caminho, não utilizamos a<br />

dialética que usa a Escola Eleática; nosso caminho é trivial e mais óbvio. Nós<br />

dizemos que Deus é imutável, a mudança apenas se atribui às coisas finitas (isto<br />

como que sendo uma proporção empírica); de um lado temos, assim, as coisas<br />

finitas e a mudança; de outro lado, a imutabilidade nesta unidade abstrata e<br />

absoluta consigo mesma. E a mesma separação; só que nós deixamos valer<br />

como ser também o finito, o que os eleatas desprezaram. Ou também partimos<br />

das coisas finitas para as espécies, gêneros, e deixamos, passo a passo, o<br />

negativo de lado; e o gênero mais alto é então Deus, que, enquanto o ser<br />

supremo, é apenas afirmativamente, mas sem nenhuma determinação. Ou<br />

passamos do finito para o infinito, dizendo que o finito, enquanto limitado, deve<br />

ter seu fundamento no infinito. Em todas estas formas que nos são bem<br />

familiares está contida a mesma dificuldade da questão que se levanta no que diz<br />

respeito ao pensamento eleático: De onde vem a determinação, como deve ela<br />

ser concebida, tanto no um mesmo, que deixa o finito de lado, como no modo<br />

como o infinito se manifesta no finito? <strong>Os</strong> eleatas distinguem-se, em seu<br />

pensamento, de nosso modo de refletir comum, pelo fato de terem posto mãos à<br />

obra de maneira especulativa — o especulativo tem lugar no fato de afirmarem<br />

que a mudança não é — e pelo fato de, desta maneira, terem mostrado que,

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