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Os Pré-socraticos - Coleção Os Pensadores(pdf)(rev) - Charlezine

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mais quanto são mais enchidos pelos semelhantes; seria, portanto, necessário<br />

uma distinção a este respeito.<br />

(20) O que diz respeito aos eflúvios, embora insuficientemente indicado,<br />

pode, porém, ser admitido em determinada medida para alguns sentidos; mas há<br />

dificuldades para o tato e o paladar. Como discerniremos o áspero e o liso pelo<br />

eflúvio ou pela adaptação aos poros? Pois, entre os elementos, o fogo parece<br />

emitir eflúvios e nenhum dos outros. Se, de outro lado, é aos eflúvios que é<br />

preciso atribuir a perda, que ele indica como sendo o sinal mais geral, e se os<br />

odores provêm de eflúvios, seria necessário que as coisas que têm o máximo de<br />

odor se dissipassem o mais rápido; ora, é pouco mais ou menos contrário que<br />

acontece; pois o que há de mais odorante nas plantas ou nos outros seres é<br />

também o que há de mais durável. Dever-se-ia concluir também que, sob o reino<br />

do Amor, não haveria em geral sensações, ou a menos que elas seriam mais<br />

fracas, visto que então a tendência à composição impede os eflúvios.<br />

(21) Mas, quanto ao ouvido, quando Empédocles o explica pelos ruídos<br />

internos, é estranho que areia fazê-lo claramente, imaginando este ruído de<br />

dentro como o de um guizo. Se é pelo guizo que ouvimos os ruídos de fora, por<br />

que ouvimos sua ressonância? E o que Empédocles deixou de procurar. E o que<br />

diz do olfato não é menos estranho; primeiro, não dá uma causa geral; pois há<br />

animais que sentem e absolutamente não respiram. Em segundo lugar, é grato<br />

dizer que os que aspiram o máximo sentem o melhor; se o sentido não está em<br />

bom estado e bem aberto, para nada serve. A muitos sucede estarem cegos e<br />

absolutamente nada verem. Seria, portanto, necessário que na dispnéia, no<br />

trabalho ou no sono, a gente sentisse melhor os odores, pois é então que inspira<br />

o máximo de ar; ora, é tudo o contrário o que acontece.<br />

(22) A respiração por si mesma não parece ser a causa do olfato, mas por<br />

acidente; é o que prova o exemplo de outros animais e o das afecções de que<br />

falamos. Mas Empédocles a reconhece como sendo a verdadeira causa deste, e<br />

no fim diz de novo como que insistindo: "Assim... tiveram". (É o fragmento 102.

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