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Os Pré-socraticos - Coleção Os Pensadores(pdf)(rev) - Charlezine

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uma união mecânica. Tudo que é vivo, espiritual etc., é, assim, apenas<br />

unificação. Aqui mostra-se logo toda a precariedade. Mesmo ainda bem<br />

recentemente, principalmente através de Gassendi, foi renovada esta<br />

representação de átomos. Mas o mais grave é que assim se dá independência aos<br />

átomos, molécules, pequenas partículas etc., tornando-se a unidade apenas<br />

mecânica; os átomos unificados permanecem reciprocamente exteriores, o laço<br />

que os une é apenas exterior — é uma pura justaposição.<br />

Por mais precária que seja esta representação, não devemos nós I<br />

acrescentar o que é afirmado ultimamente, isto é, que um dia houve no tempo<br />

um tal caos, que houve um vazio cheio de átomos, que então depois se<br />

combinaram e ordenaram de tal modo que disto tenha surgido este mundo; pois<br />

o fato é, ainda agora e sempre, que o que-é-em-si é o vazio e o pleno.<br />

Justamente este é o lado satisfatório que a investigação da natureza encontrou<br />

em tais pensamentos, isto é, que nisto o ente é em sua oposição como pensado e<br />

é pensado enquanto oposto, e com isto é pensado como ente que é em si e para<br />

si. A atomística opõe-se como tal à representação de uma criação e conservação<br />

do mundo por um ser estranho. A investigação da natureza sente-se primeiro<br />

libertada, na atomística, pelo fato de não precisar aceitar uma causa do mundo.<br />

Pois, se o mundo é representado como criado e conservado, ele é representado<br />

como não sendo em si e tem seu conceito fora de si; isto é, ele possui uma causa<br />

estranha a ele, como tal ele não tem fundamento, só sendo compreensível a<br />

partir da vontade de um outro; assim como é, o mundo é contigente, sem<br />

necessidade e sem conceito em si. Na representação da atomística, porém, existe<br />

a representação do em-si da natureza como tal, isto é, o pensamento encontra-se<br />

a si mesmo nele; e isto é o que traz satisfação para o conceito justamente<br />

compreendê-lo, e pô-lo como conceito. Nos seres abstratos, a natureza tem a<br />

razão em si mesma, é simples, é para si. O ser sensível determinado, oposto a<br />

um ou enquanto oposto à consciência, deve ter uma razão: a causa é o oposto, a<br />

razão da unidade desta oposição — sua própria determinação. O átomo e o vazio

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