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Os Pré-socraticos - Coleção Os Pensadores(pdf)(rev) - Charlezine

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modo em sua simplicidade, mostrando neste mesmo a sua nulidade; c)<br />

afirmando o outro na multiplicidade de suas determinações. Assim veremos a<br />

formação dos eleatas na história. Estas proposições eleáticas interessam ainda<br />

agora à Filosofia, são momentos necessários que nela devem aparecer.<br />

(Preleções sobre a História da Filosofia, pp. 275-276)<br />

b. XENÓFANES<br />

No que se refere à sua filosofia, Xenófanes determinou primeiro o ser<br />

absoluto como o um: "O todo é um". Designou isto também Deus; afirmou que<br />

Deus está implantado em todas as coisas, que ele é supra-sensível, imutável, sem<br />

começo, meio e fim, imóvel. Em alguns de seus versos diz Xenófanes; "Um<br />

Deus é o maior entre os deuses e os homens, e não é comparável aos mortais,<br />

nem quanto à figura nem quanto ao espírito", 15 e: "Ele vê em toda parte, pensa<br />

em toda parte e ouve em qualquer lugar", palavras a que Diógenes de Laércio<br />

ainda acrescenta: "Tudo é pensamento e razão". 16<br />

Na filosofia física, vimos representado o movimento como um movimento<br />

objetivo, como um surgir e desaparecer. <strong>Os</strong> pitagóricos tampouco refletiam<br />

sobre estes conceitos, mas usavam também seu ser, o número, como fluido.<br />

Mas, como agora a mudança é concebida em sua mais alta abstração, como<br />

nada, transforma-se, por isso, este movimento objetivo num subjetivo, passa<br />

para o lado da consciência e a essência torna-se imóvel.<br />

Com isto Xenófanes negou a verdade às representações de surgir e<br />

desaparecer, transformações, movimento etc.; aquelas determinações fazem<br />

apenas parte da representação sensível. O princípio é: só é o um, só é o ser. O<br />

um é, aqui, o produto imediato do puro pensamento; em sua imediaticidade é o<br />

ser. A determinação do ser nos é conhecida, é trivial; ser é um verbo auxiliar na<br />

gramática; mas, se tais coisas sabemos de ser e de um, colocamo-los como<br />

determinação singular, ao lado de todos os outros. Aqui, pelo contrário, significa<br />

15 Clemente de Alexandria, Stromata (Miscelâneií) V, 14, pág. 714, ed. Potter.<br />

16 Sexto Empírico, Contra os Matemáticos, IX, § 144; Diógenes Laércio, IX, § 19.

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