17.04.2013 Views

Os Pré-socraticos - Coleção Os Pensadores(pdf)(rev) - Charlezine

Os Pré-socraticos - Coleção Os Pensadores(pdf)(rev) - Charlezine

Os Pré-socraticos - Coleção Os Pensadores(pdf)(rev) - Charlezine

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

consideração imanente do objeto: ele é tomado para si, sem pressuposições,<br />

idéia, dever-ser, não segundo circunstâncias exteriores, leis, razões. A gente se<br />

põe inteiramente dentro da coisa, considera o objeto em si mesmo e o toma<br />

segundo as determinações que possui. Nesta consideração, ele se demonstra a si<br />

mesmo, mostra que possui determinações opostas, que se suprime (sobressume):<br />

esta dialética encontramos precipuamente junto aos antigos. A dialética<br />

subjetiva, que raciocina, baseando-se em razões exteriores, torna-se norma<br />

quando se concede: "No correto está o incorreto e no falso também o<br />

verdadeiro". A dialética verdadeira não deixa nada sobrando em seu objeto, de<br />

tal modo que apresentaria falhas apenas de um lado; mas ele se dissolve segundo<br />

sua natureza inteira. O resultado desta dialética é zero, o negativo; o afirmativo<br />

que nela se esconde ainda não aparece. A esta dialética verdadeira pode juntar-se<br />

o que os eleatas fizeram. Mas junto a eles ainda não vingou a determinação, a<br />

essência do compreender; ficaram parados na idéia de que através da<br />

contradição o objeto se torna nulo.<br />

A dialética da matéria de Zenão não foi até hoje ainda refutada; não se<br />

conseguiu ainda passar além dela e a questão fica esquecida no indeterminado.<br />

"Ele demonstra que, quando é o múltiplo, então é grande e pequeno: grande,<br />

assim o múltiplo é infinito, segundo a grandeza" (tò mégethos), deve-se<br />

ultrapassar a multiplicidade, enquanto limite indiferente, para passar para o<br />

infinito; o que é infinito não é mais grande, nem mais múltiplo; infinito é o<br />

negativo do múltiplo; "pequeno, de maneira que não tem mais grandeza",<br />

átomos, o não-ente. "Aqui mostra ele que o que não tem tamanho, nem<br />

espessura, nem massa (ónkos), também não é. Pois se fosse acrescentado a um<br />

outro não aumentaria a este; pois, se não tem tamanho e grandeza, nada poderia<br />

acrescentar ao tamanho do outro; assim o que foi acrescentado não é nada. O<br />

mesmo aconteceria ao ser retirado; o outro não seria por isso diminuído; não é,<br />

portanto, nada." 87<br />

87 Simplício, Física (30).

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!