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Os Pré-socraticos - Coleção Os Pensadores(pdf)(rev) - Charlezine

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lado do qual se afirma que, na percepção sensível imediata, caem a diferença, a<br />

mudança, o movimento etc., pode ser dito que a afirmação de que é apenas o ser<br />

tanto contradiz aos olhos como ao pensamento. Pois é este nada que os eleatas<br />

suprimiram; possuem estes dois momentos, ambos têm valor igual. Ou, na idéia<br />

de Heráclito, ser e não-ser são o mesmo. Isto esclarece a significação seguinte,<br />

se a separarmos novamente desta unidade: O ser é, mas o não-ser, já que é um<br />

com o ser, também é do mesmo modo; ou ser é tanto predicado do ser como do<br />

não-ser. E isto que afirma Leucipo; o que, na verdade, estava presente nos<br />

eleatas, Leucipo afirma como sendo ente.<br />

O ser e o não-ser, porém, ambos expressos com a determinação de algo<br />

objetivo ou como são na intuição sensível, são, então, a oposição do pleno e do<br />

vazio (tò pléres kaì tò kenón). O vazio é o nada posto como ente; o pleno,<br />

porém, a ele oposto, o ser posto como objeto enquanto tal. Isto são essências<br />

fundamentais e produtos e todos 167 — ser-para-outro e reflexão-em-si, apenas<br />

sensível, não determinado em si; pois o pleno é igual a si mesmo como o vazio.<br />

O pleno é indeterminado, possui o átomo como seu princípio. O absoluto<br />

é o átomo e o vazio (tà átoma kai tò kenón); isto é uma determinação<br />

importante, ainda que precária. O princípio, portanto, é que o átomo e o vazio<br />

são o verdadeiro, o ente-em-si-e-para-si. Não apenas os átomos, como falamos,<br />

não apenas este um sozinho, como nós o representamos, por exemplo, flutuando<br />

no ar — o que está "entre" é do mesmo modo necessário, este nada; e isto eles<br />

determinaram como o negativo, como o vazio. E isto então a primeira<br />

manifestação do sistema atomístico.<br />

Deste princípio em si mesmo devemos apontar agora, mais exatamente,<br />

suas determinações, suas significações.<br />

a) O primeiro é o um, a determinação do ser-para-si; esta determinação<br />

não tínhamos ainda. Em Parmênides, é o ser, o universal abstrato; em Heráclito,<br />

é o processo; em Leucipo, encontramos agora a determinação do um, do ser-<br />

167 Aristóteles, Metafísica, 1, 4.

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