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Os Pré-socraticos - Coleção Os Pensadores(pdf)(rev) - Charlezine

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não se pode conceber a mudança a partir do ser. Este princípio nós o<br />

encontramos em Heráclito no movimento do devir. Mas Aristóteles nomeia um<br />

princípio ainda mais profundo, o em vista de, o fim; o bem é aquilo que é em<br />

vista de si mesmo. O fim é o conceito, fixo em si e para si, que a si mesmo<br />

determina; assim ele é o verdadeiro, o absolutamente para si, através do qual<br />

todo o resto é. Se expressarmos o fim (o bem) como o verdadeiro, possui ele<br />

ainda a determinação da atividade, do realizar-se do fim em si mesmo, do<br />

conceito, que é em si e para si — fim que se determina para si mesmo e assim é,<br />

ao mesmo tempo, a atividade de autoproduzir-se; é ele assim a idéia, o conceito,<br />

que assim se objetiva e em sua objetividade é idêntico consigo mesmo.<br />

Aristóteles nota em Heráclito a falta do princípio do fim, do que permanece<br />

igual a si, do que se autoconserva; ele polemiza desta maneira contra Heráclito<br />

com bastante violência porque nele só encontra mudança, sem um retorno, sem<br />

fim. Isto ele pensa encontrar agora aqui; mas, ao mesmo tempo, diz ele que<br />

Empédocles apenas titubeia.<br />

b) Estes dois princípios universais, unir e separar, são determinações<br />

muito importantes do pensamento. Mas Aristóteles diz ainda sobre a relação<br />

mais próxima e a determinação destes princípios, lamentando que "Empédocles<br />

nem faz uso destes princípios da amizade e inimizade de maneira penetrante,<br />

nem retém neles mesmos sua determinação (exeurískei tò homologoúmenon),<br />

pois, muitas vezes, nele, a amizade separa e a inimizade une; pois, se o todo se<br />

separa nos elementos pela inimizade, o fogo se unifica em um, através disto,<br />

bem assim como cada um dos outros elementos". A separação é, com a mesma<br />

necessidade, união. O separado, o que se imobilizou num lado, é ele mesmo algo<br />

unido em si — é sua autonomia. A separação dos elementos, que estão unidos<br />

no universo, é união entre si das partes de cada elemento. "Se tudo, porém, se<br />

concentra novamente numa unidade, através da amizade, torna-se necessário<br />

que, de cada elemento autônomo, as partes novamente sejam separadas." Pois<br />

eles são quatro: tudo está, portanto, numa relação diversa. O tornar-se um é, ele

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