17.04.2013 Views

Os Pré-socraticos - Coleção Os Pensadores(pdf)(rev) - Charlezine

Os Pré-socraticos - Coleção Os Pensadores(pdf)(rev) - Charlezine

Os Pré-socraticos - Coleção Os Pensadores(pdf)(rev) - Charlezine

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

homem com consciência. Anaxágoras tinha a impressão de determinar aqui um<br />

fim, de dele querer partir; deixa isto, porém, novamente de lado e passa para<br />

causas inteiramente exteriores. "Chamar, porém, aquilo (os ossos e tendões) de<br />

causas é inteiramente inadequado (errado). Se, porém, alguém vem e me diz<br />

que, sem ter tais ossos e tendões e todo o resto que tenho, eu nada poderia fazer<br />

daquilo que tenho por melhor (tà dóxantá moi), tem ele toda razão. Mas que faça<br />

por tais causas o que faço e que com inteligência faço, que eu não o faça por<br />

escolha do melhor (tei tou beltístou hairései) — afirmar isto é uma grande<br />

leviandade; isto significa não saber fazer a diferença entre a verdadeira causa (tò<br />

aítion toi ónti) e aquilo sem o qual a causa não poderia ativar-se" — a condição.<br />

E isto que Platão diz de Anaxágoras, que o Nous é apenas formal e que assim<br />

permanece.<br />

Isto é um bom exemplo que nos mostra que sentimos a falta do fim em<br />

tais tipos de esclarecimento. Mas, de outro lado, não é um bom exemplo, porque<br />

foi tomado do domínio do arbítrio consciente de si — consideração e não fim<br />

sem consciência. 1) Neste julgamento do Nous de Anaxágoras podemos ver<br />

expresso, de modo geral, que Anaxágoras não aplicou na realidade o seu Nous.<br />

Mas, 2) o elemento positivo no julgamento de Sócrates parece-nos também, de<br />

outro lado, insuficiente, enquanto passa para o extremo oposto, exigindo causas<br />

para a natureza que não parecem estar nela, mas que estão fora dela, na<br />

consciência como tal. Pois o que é bom e belo é, em parte, pensamento da<br />

consciência como tal; fim e agir segundo um fim é primeiro um agir da<br />

consciência, não da natureza. Ou, na medida em que fins são postos na natureza,<br />

o fim enquanto fim situa-se fora dela; como tal não está ele nela mesma (isto faz<br />

parte de nosso juízo), mas na natureza estão apenas aquelas que chamamos<br />

causas naturais e para compreendê-la precisamos procurar e indicar apenas<br />

causas imanentes a ela. Conforme isto, distinguimos, por exemplo, em Sócrates<br />

o fim e a razão de seu agir com consciência e as causas de seu agir real; este<br />

último o procuraríamos, sem dúvida, em seus ossos, tendões, nervos etc.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!