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Os Pré-socraticos - Coleção Os Pensadores(pdf)(rev) - Charlezine

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dos dias atuais, mas não até ao positivo em que realmente é pensado como<br />

universal. Assim vemos, portanto, em Anaxágoras, o Nous como o universal,<br />

absoluto, que põe conteúdo por si mesmo e nele se conserva.<br />

Com este achado do pensamento encerramos a primeira seção. Com este<br />

princípio penetramos no segundo período. A safra do primeiro período não é<br />

muito grande. Alguns pensam, sem dúvida, que nisto há ainda uma sabedoria<br />

particular. Mas o pensar ainda é jovem, as determinações são ainda pobres,<br />

abstratas, precárias; o pensar possui aqui apenas poucas determinações e estas<br />

não podem perdurar. O princípio da água, do ser, do número etc., não perdura; o<br />

universal deve surgir para si. Apenas em Anaxágoras vemos determinado o<br />

universal como a atividade que a si mesma se determina.<br />

Devemos ainda considerar a relação do universal enquanto oposto ao ser<br />

ou à consciência como tal, em sua relação com o ente. Esta relação da<br />

consciência é determinada pelo modo como ele determinou a essência. Sobre<br />

isto nada de satisfatório pode ser encontrado, já que ele, a) de um lado,<br />

reconheceu o pensamento enquanto essência, sem, porém, realizar este<br />

pensamento mesmo na realidade; de maneira tal, b) que esta é sem pensamento<br />

para si, enquanto uma multidão imensa de homeomerias, isto é, enquanto uma<br />

infinita multidão de seres-em-si sensíveis, mas que assim é o ser sensível, pois o<br />

ser existente é um amontoado de homeomerias. O mesmo caráter múltiplo pode<br />

ter a relação da consciência com a essência. Assim, Anaxágoras pode também<br />

dizer que a verdade está apenas no pensamento e no conhecimento racional —<br />

mas do mesmo modo a percepção sensível, pois nesta estão as homeomerias e<br />

elas mesmas são em si.<br />

Assim encontramos dele, a) em Sexto, 162 que o entendimento (logos) é o<br />

critério da verdade: "<strong>Os</strong> sentidos não podem julgar a verdade, por causa de sua<br />

fraqueza" — fraqueza, pois as homeomerias são infinitamente pequenas; os<br />

sentidos não conseguem captá-las, não sabem que devem ser algo ideal,<br />

162 Contra os Matem., VII, §§ 89-91.

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