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Baixar - Acervo Paulo Freire - Instituto Paulo Freire

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EDUCAR EM TODOS OS CANTOS 97<br />

çou nessa direção, a não ser algumas experiências escolares ou municipais<br />

isoladas, ainda pouco difundidas ou estudadas com a necessária<br />

seriedade e rigor científico, mais voltadas para o “tempo integral”<br />

do que, propriamente, para a “Educação Integral”.<br />

A idéia de ampliar o atendimento educacional às crianças, sobretudo<br />

às crianças pobres, tem sido discutida há algumas décadas. 27<br />

Sempre que falamos de educação, não importa em que instância ou<br />

nível em que ela aconteça, há que pensarmos de forma radicalmente<br />

ampla e integral, o que inclui o fato da ampliação da jornada escolar<br />

relacionada às práticas culturais, ambientais, esportivas, de lazer etc.,<br />

ao mesmo tempo significadas pedagogicamente e também conservando<br />

as características e especificidades próprias de suas dimensões<br />

como área de formação humana.<br />

Quando se trabalha com o conceito de horário integral, discutese<br />

a possibilidade de manter o aluno mais tempo dentro da escola,<br />

melhor acompanhado, melhor alimentado e melhor cuidado, procurando<br />

estimulá-lo a realizar outras aprendizagens fundamentais para<br />

a sua formação plena como cidadão de direitos. Conforme as palavras<br />

do professor José Fortunati, lembrando Darci Ribeiro, “permanecendo<br />

mais tempo na escola, a criança será assistida na sua integridade,<br />

obtendo melhores oportunidades quanto à nutrição, ao aprender<br />

lúdico e à recreação, que deverá ser orientada e em espaço adequado”.<br />

(Fortunati, 2006: 65)<br />

Diríamos mais: dependo das condições concretas e dos recursos<br />

efetivamente disponíveis para se colocar em prática, o que previu a<br />

LDB n. 9.394/96, escolas de algumas municipalidades brasileiras já<br />

têm experimentado o horário integral sem, necessariamente, contar<br />

apenas com os espaços da escola para realizar atividades no turno<br />

inverso ao freqüentado pelos alunos ou, como chamam alguns, durante<br />

o contra-turno. Nesses casos, realiza-se um amplo mapeamento<br />

dos espaços disponíveis ou potencialmente disponíveis na comunidade<br />

para que, em parceria com o poder público, estes possam ser<br />

27. A propósito, ver as seguintes publicações: Paro, Ferretti et all, 1988; Fortunati, 2006 e<br />

Cadernos CENPEC, 2006.

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