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Baixar - Acervo Paulo Freire - Instituto Paulo Freire

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106 PAULO ROBERTO PADILHA<br />

práticas nas unidades educacionais e nas redes de ensino, permitindo<br />

que a proposta de adoção do Educação Integral encontre condições<br />

favoráveis de exeqüibilidade. De nada adiantam belos discursos em<br />

favor dessa educação, se não forem acompanhados de políticas públicas<br />

que garantam as condições básicas para o planejamento, para a<br />

execução e avaliação processual das ações implementadas. Não quero<br />

dizer com isso que só esses profissionais tenham que dar conta de<br />

todas as ações. Mas, por outro lado, atribuir à comunidade e ao trabalho<br />

voluntário a maior responsabilidade pela execução da proposta<br />

da Educação Integral, é, na maioria das vezes, simplificá-la e apostar<br />

num voluntarismo que, na verdade, transfere para a sociedade civil e<br />

para o mercado, responsabilidades que são do Estado.<br />

Entretanto, quando nos referimos aos trabalhadores em educação,<br />

falamos não só dos professores e das professoras, mas também<br />

dos demais profissionais, fundamentais para o funcionamento de uma<br />

unidade educacional. É o caso de todo o pessoal administrativo, que<br />

cuida da secretaria da escola ou da creche, das merendeiras, do pessoal<br />

que cuida da limpeza do prédio, dos “inspetores de alunos” (nomenclatura<br />

que deve ser atualizada para superar o caráter de inspeção,<br />

de fiscalização), dos auxiliares de apoio em geral e dos profissionais<br />

da segurança escolar, entre outros.<br />

De diferentes formas, todos esses profissionais são educadores e<br />

também necessitam de formação continuada para lidar com os alunos,<br />

com a comunidade e com os demais profissionais da unidade<br />

educacional. Mas nem sempre isso tem acontecido e ainda se pensa a<br />

formação dos profissionais da educação apenas para diretores, coordenadores<br />

pedagógicos e docentes, salvo raras, bem-vindas e ótimas<br />

exceções.<br />

Construir uma Educação Integral com qualidade sociocultural e<br />

socioambiental pressupõe formar continuadamente todos esses profissionais,<br />

de forma sistemática, para que possam participar ativamente<br />

das decisões concernentes à vida cotidiana da unidade educacional<br />

na qual trabalham. Assim, estarão mais preparados para o<br />

melhor atendimento à comunidade escolar, para que tenham presenças<br />

significativas na elaboração do Projeto Eco-Político-Pedagógico e

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