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Baixar - Acervo Paulo Freire - Instituto Paulo Freire

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EDUCAR EM TODOS OS CANTOS 165<br />

lizado para melhorar a educação que praticam, mesmo, às vezes, em<br />

péssimas condições de trabalho.<br />

Enfim, torna-se necessário uma ação individual e uma reação<br />

coletiva, organizada com base na parceria do Estado com a sociedade<br />

civil organizada, incluindo-se aí as ONGs, os movimentos sociais e<br />

populares, os sindicatos, as universidades, os diversos conselhos de<br />

direitos dos cidadãos, as empresas, as igrejas etc., objetivando superar<br />

os índices de exclusão, de miséria, de violência contra os oprimidos<br />

e as minorias, qualquer que sejam eles.<br />

Mas que fique claro: o projeto de uma unidade educacional não<br />

é uma panacéia que resolverá todos os problemas. Por outro lado,<br />

como nos ensina o amigo e professor Moacir Gadotti, sem projeto a<br />

escola não tem caminho. Sem projeto é como se ela caminhasse, assim,<br />

meio à deriva, como quem vai fazendo, fazendo, sem saber muito<br />

bem aonde quer chegar e, muitas vezes, nem mesmo conseguindo<br />

identificar o que chegou a realizar. É como se deixássemos as coisas e<br />

a própria vida ir acontecendo... e, num certo momento, não sermos<br />

capazes de identificar, com clareza, o que fizemos, o quanto avançamos,<br />

ganhamos ou perdemos... o quanto e o como aprendemos, ensinamos<br />

e deixamos, às vezes, de viver, pela própria falta de preparo<br />

para enfrentar determinados desafios que foram se apresentando para<br />

nós sem que tivéssemos minimamente preparados para enfrentá-los.<br />

Na verdade, a questão é mais profunda: por um lado, faltam<br />

iniciativas governamentais mais sistemáticas para que o próprio professor<br />

compreenda o planejamento como um processo permanente e<br />

dialógico (e de formação), que interessa a toda a rede de ensino, mas,<br />

principalmente, à escola e a ele, professor. Por outro lado, o tema<br />

historicamente se desgastou, até porque com a experiência do tecnicismo<br />

educacional no Brasil, desde a década de 1970, as escolas se<br />

acostumaram ou a receber um plano de trabalho ou um planejamento<br />

já totalmente pronto. Havia uma separação nítida entre quem planejava<br />

e quem executava. Às escolas cabia apenas a segunda opção.<br />

Essa história já mudou. Mas, se mudou, infelizmente, ainda hoje,<br />

continuamos com muitas escolas que não conseguiram vivenciar, coletiva<br />

e democraticamente, a elaboração dos seus Projetos Eco-Político-Pedagógicos<br />

(PEPPs). Reflitamos um pouco mais sobre isso.

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