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Baixar - Acervo Paulo Freire - Instituto Paulo Freire

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EDUCAR EM TODOS OS CANTOS 83<br />

mente abertos, dinâmicos e criativos, nos quais os protagonistas —<br />

como sujeitos do processo, estejam em atitude de aprendizagem permanente<br />

e, portanto, participem, se expressem e se relacionem tal qual<br />

se concebe na mediação pedagógica. (Gutierrez & Prado, 1999: 64)<br />

A educação, como atividade humana, pode, mais do que tantas<br />

outras, contribuir para a nossa humanização, principalmente se a realizarmos<br />

de forma alegre, organizada, na perspectiva da busca incessante<br />

de uma relação pacífica entre as pessoas, acreditando que é<br />

possível viver em sociedade construindo laços e estruturas voltadas<br />

para a consolidação do que poderíamos chamar de uma cultura da<br />

paz, nascida das tramas culturais e sociais que nós podemos desenvolver<br />

no nosso cotidiano.<br />

Trata-se de criarmos estruturas permanentes de relações pacíficas,<br />

uma ambiência favorável à convivência humana que, mesmo reconhecendo<br />

as dificuldades do mundo e da sociedade em que vivemos,<br />

permitem-nos reafirmar a possibilidade de criar sempre um clima<br />

positivo para o trabalho educacional. Afinal, dividimos o mesmo<br />

planeta, convivemos nos mesmos espaços públicos que pertencem a<br />

todos e a todas e recriamos a vida de acordo com o nosso próprio jeito<br />

de produzir a nossa existência.<br />

Acredito na educação e a entendo também como uma manifestação<br />

objetiva e subjetiva de amor, de querer bem às pessoas, que,<br />

por isso mesmo, ressignificada e reorientada, pode nos fazer pessoas<br />

mais felizes, quanto mais educados formos.<br />

Há quem afirme que quanto mais a pessoa sabe, mais infeliz ela<br />

se torna, porque vai ficando mais consciente da realidade e, diante de<br />

tão complexas questões, vai se sentindo impotente e não vê caminhos<br />

para a superação da injustiça, da dor, do sofrimento e continua<br />

vivendo nesse cenário que assim permanecerá e nunca mudará.<br />

Muito ao contrário! Quanto mais informados, quanto maior a nossa<br />

capacidade de ampliar os nossos saberes, filtrar as informações e<br />

(re)elaborarmos ou criarmos novos conhecimentos, mais humanizados<br />

nos tornamos. Sentimo-nos mais motivados e mais importantes, firmamos<br />

nossa identidade e nos preparamos melhor para enfrentar os<br />

desafios da nossa existência. Ressignificamos o nosso próprio ser, estar,

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