Baixar - Acervo Paulo Freire - Instituto Paulo Freire
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EDUCAR EM TODOS OS CANTOS 159<br />
nidade escolar, mediante um calendário flexível para que todas as<br />
pessoas pudessem participar, em diferentes momentos, dos diálogos<br />
relacionados à melhoria da qualidade de vida na comunidade, na sociedade<br />
e no mundo em que vivemos. Sugeri que, aos poucos, fossem<br />
ampliando a conversa e buscando também, no coletivo escolar, contribuições<br />
para melhorar a qualidade sociocultural e socioambiental<br />
do trabalho desenvolvido pela unidade educacional (UE).<br />
Uma boa e simples pergunta, para dirigir aos pais, mães, alunos,<br />
alunas, funcionários, professores, coordenação pedagógica e demais<br />
segmentos escolares, poderia ser a seguinte: o que podemos fazer<br />
para melhorar a educação na nossa escola? O que já temos feito, o<br />
que devemos manter como está e o que devemos mudar? Quais as<br />
condições concretas que possuímos para realizar as eventuais mudanças<br />
e o que ainda nos falta em termos de pessoas para participar<br />
e ajudar no trabalho a ser realizado, além dos recursos materiais e<br />
financeiros?<br />
Como vemos, com base numa proposta como esta ou, então, a<br />
partir de alguma problemática que está sendo sentida e percebida no<br />
contexto da comunidade, podemos estabelecer um diálogo com todos<br />
os segmentos escolares, a partir do qual vamos sistematizando,<br />
registrando de várias formas (relatórios escritos, fotos, filme, cartazes,<br />
gravações em áudio etc.) tudo o que se discutiu um determinado<br />
tempo.<br />
Os professores e funcionários da unidade educacional podem ser<br />
os grandes articuladores desse processo, já que estão todos os dias na<br />
unidade escolar e se encontram sempre com os alunos. A idéia é criar<br />
uma ambiência de permanente diálogo com a comunidade, de forma<br />
que possamos, a partir das diversas falas, levantar os problemas, os<br />
êxitos, as expectativas e as demandas da própria comunidade.<br />
Trata-se de estabelecer um diálogo aberto que procura estimular<br />
a criatividade e a participação de todas as pessoas envolvidas na/<br />
com a educação que se constrói cotidianamente. Podemos também,<br />
na UE e na comunidade, incentivar cada vez mais a aproximação dos<br />
processos informais, não formais e formais de educação, com alcance<br />
intra e interescolar, com o que perceberíamos que essas dimensões