Baixar - Acervo Paulo Freire - Instituto Paulo Freire
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98 PAULO ROBERTO PADILHA<br />
adaptados às necessidades dos discentes e da realização de atividades<br />
complementares naquele período.<br />
O importante é que haja um projeto coletivamente elaborado que<br />
faça a previsão da contratação e a formação continuada de profissionais<br />
para que os seus objetivos e metas tenham maiores possibilidades<br />
de serem alcançados. São também necessários recursos materiais<br />
e financeiros e gastos com infra-estrutura, além da colaboração de<br />
vários parceiros e da comunidade em geral, para que o horário integral<br />
tenha êxito, principalmente no sentido de não permitir que os<br />
alunos fiquem ociosos, que sejam mal acolhidos ou atendidos precariamente,<br />
pois é justamente isso que se quer evitar quando se fala de<br />
horário integral, “resgatando a cidadania e a auto-estima (do aluno),<br />
na busca permanente da liberdade, dentro da diversidade de idéias,<br />
da construção de projetos de vida, do espírito de equipe, permitindo<br />
apropriar-se de valores sólidos, para que todos se tornem sujeitos da<br />
história, e não apenas objetos dela. Deve-se criar propostas pedagógicas<br />
condizentes com a realidade social do aluno, buscando despertar<br />
seu interesse em relação à escola e, conseqüentemente, elevando<br />
as taxas de rendimento escolar” (Fortunati, 2006: 65). O professor<br />
Fortunati se refere à experiência da Escola de Tempo Integral do Estado<br />
do Rio Grande do Sul. Para um estudo mais aprofundado sobre<br />
essa recente experiência, recomendo a fonte já citada.<br />
O que gostaríamos de frisar é que propor a adoção do horário<br />
integral nos moldes aqui citados, exige alguns cuidados muito pontuais<br />
desde o seu início, quais sejam:<br />
1. Realizar uma ampla discussão com as escolas e a comunidade<br />
sobre o significado e o sentido dessa proposta.<br />
2. Desenvolver estudos que possam mapear cuidadosamente<br />
toda a cidade, principalmente, reconhecendo seus espaços<br />
culturais, esportivos e de lazer, os potenciais parceiros e as<br />
condições concretas de adoção da proposta em curto, médio<br />
e longo prazos. Incluir nesse processo os vários segmentos<br />
escolares que, envolvidos desde o inicio, vão entendendo<br />
melhor a sua relevância educativa, esportiva, sociocultural e<br />
socioambiental, sentindo e percebendo que o projeto também<br />
lhes pertence.