Baixar - Acervo Paulo Freire - Instituto Paulo Freire
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EDUCAR EM TODOS OS CANTOS 161<br />
dora e pacífica entre as pessoas e à busca de uma sociedade mais<br />
justa e feliz. 4<br />
Quando a instituição educacional se torna sensível às transformações<br />
do nosso tempo, vai criando uma ambiência mudancista e<br />
transformadora permanente, o que não significa negar as suas práticas,<br />
os seus projetos exitosos. Significa, sim, refletir sobre elas e como<br />
os alunos estão, efetivamente, aprendendo e aprimorando os seus<br />
conhecimentos científicos, as suas experiências e vivências culturais<br />
e, no fim das contas, se estão se formando como seres humanizados,<br />
preparados para uma vida mais feliz. E uma vida mais feliz significa<br />
também ter capacidade de conviver em sociedade de forma solidária<br />
e emancipatória, cidadã, criativa. Para isso, cada dia mais, o<br />
professor precisa se formar, pois educar é, antes de tudo, contribuir<br />
para uma convivência humana curiosa, justa, ética, estética, prazerosa<br />
e aprendente.<br />
Todo saber da prática cotidiana é mais importante na medida<br />
em que consigamos aprofundar os nossos saberes sobre o que praticamos.<br />
Um fazer pedagógico dialógico-crítico e sensível parte da concretude<br />
da vida, mas a partir dela faz também as suas abstrações,<br />
constrói hipóteses, teorias, ciências e novos saberes. Assim, produzimos<br />
cultura e criamos a perspectiva de uma vida mais feliz para todas<br />
as pessoas, superando o exagero do individualismo consumista e<br />
mercantilista que, algumas vezes, podem nos cegar e nos levar a uma<br />
vida social competitiva, egoísta e até mesmo negadora do direito das<br />
outras pessoas.<br />
É importante que professoras e professores possam desenvolver<br />
os seus trabalhos em sala de aula e sua ação docente em diferentes<br />
espaços e tempos pedagógicos, superando o trabalho do conteúdo<br />
pelo conteúdo e, muitas vezes, a “solidão” da sala de aula. Fazer “ganchos”<br />
com a realidade, com o interesse dos alunos, não dar o conteúdo<br />
pronto, “de mão beijada”, são falas até mesmo recorrentes em<br />
muitos encontros educacionais, com as quais nos sensibilizamos e<br />
concordamos, quase que unanimemente, que esse é o caminho.<br />
4. Sobre isso, conversaremos no sétimo movimento deste livro quando falaremos de “Educação<br />
Intertranscultural”.