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Baixar - Acervo Paulo Freire - Instituto Paulo Freire

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EDUCAR EM TODOS OS CANTOS 129<br />

A formação dos trabalhadores em educação que considera as<br />

experiências dos participantes e recupera os avanços e êxitos já observados<br />

nas avaliações processuais das formações anteriores, revela que<br />

isso pode ser feito com base em “diagnósticos”, ou, melhor dizendo,<br />

em pesquisas de campo realizadas no início do processo, relacionadas<br />

ao nível de formação, experiências e de ações do grupo. Desta<br />

forma, pode-se realizar as necessárias “medidas” e “comparações”<br />

dos avanços alcançados pelo grupo e levantar as demandas que eles<br />

apresentam. Os parâmetros dos avanços ou o levantamento das dificuldades<br />

encontradas no processo serão orientadores dos replanejamentos<br />

e das novas práticas a serem propostas.<br />

Ser trabalhador em educação é ter a possibilidade de se construir<br />

e de se reconstruir permanentemente. É querer bem os educandos e<br />

ter a capacidade de discernimento do senso da responsabilidade para<br />

também, quando necessário, estabelecer, em diálogo, limites para a relação<br />

de abertura entre os sujeitos que participam do processo educacional.<br />

É procurar organizar, coletivamente, princípios de convivência<br />

que facilitarão o trabalho e as relações entre os sujeitos participantes.<br />

Ao resgatar a boniteza do ato educativo e a própria alegria dessa<br />

ação, vivenciamos um processo de busca, sobre o qual também nos<br />

fala <strong>Paulo</strong> <strong>Freire</strong>. Isso nos torna mais esperançosos, mas sem espera,<br />

e significa a possibilidade de, amorosamente, cumprirmos o nosso<br />

dever de educadores e, ao mesmo tempo, com nossa justa ira, continuarmos<br />

a nossa luta política pelos nossos direitos, pelo respeito à<br />

dignidade de nossas tarefas, bem como pela busca da justiça em toda<br />

e qualquer situação que, como pessoas ou educadores e educadoras,<br />

nos sintamos desafiados a enfrentar.<br />

Como escreve o professor Moacir Gadotti, “talvez esteja aí a chave<br />

para entender a crise que vivemos: perdemos o sentido do que<br />

fazemos, lutamos por salário e melhores condições de trabalho sem<br />

esclarecer a sociedade sobre a finalidade de nossa profissão, sem justificar<br />

o porquê estamos lutando”. (Gadotti, 2002: 7)<br />

Se estamos em crise, poderíamos, por outro lado, afirmar que “o<br />

professor se tornou um aprendiz permanente, um construtor de sentidos,<br />

um cooperador e, sobretudo, um organizador da aprendiza-

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