Baixar - Acervo Paulo Freire - Instituto Paulo Freire
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158 PAULO ROBERTO PADILHA<br />
Para começar, reconheço que os temas do planejamento e do<br />
projeto eco-político-pedagógico de uma unidade educacional3 podem<br />
até chegar a ser agradáveis enquanto apenas os estamos discutindo.<br />
Mas colocá-los em prática na unidade educacional e executar o conjunto<br />
de ações proposto e, ainda mais, com a participação qualificada<br />
e democrática de todos os segmentos escolares... bem... aí a “coisa” é<br />
mais complexa e exige vontade política, iniciativa, organização, tempo,<br />
espaços, recursos e, principalmente, muito diálogo.<br />
Uma primeira necessidade a ser considerada é que nos<br />
disponibilizemos a enfrentar esse desafio como uma forma de vivenciar<br />
uma experiência ecológica, política e pedagógica, humana e criativa.<br />
Isso nos ajuda a superar as possíveis resistências iniciais, por<br />
conta de nossas experiências anteriores, estas, que nunca devem se<br />
dispensadas, o que seria absolutamente fora de propósito.<br />
Outra necessidade será estabelecer logo no início do processo<br />
que se não for, efetivamente, uma atividade coletiva, não haverá<br />
mudanças nas nossas práticas, nem em nós mesmos, tampouco na<br />
unidade educacional e na comunidade à qual pertencemos.<br />
Numa de minhas conversas sobre o tema com uma professora<br />
que se mostrava cansada desse assunto, até porque há anos ela planejava<br />
e participava de palestras relacionadas ao tema, mas nada<br />
mudava na escola, sugeri a ela e às demais pessoas presentes que<br />
conversassem, em suas respectivas escolas, com o maior número possível<br />
de pessoas, sobre aquela pertinente problematização. Disse-lhes<br />
que cada escola, numa ação conjunta com sua respectiva secretaria de<br />
educação, poderia organizar espaços de encontros com toda a comu-<br />
3. Considerando que, tanto o Projeto Eco-Político-Pedagógico (PEPP) como o Plano de<br />
Trabalho Anual (PTA) e a Proposta Pedagógica (PP) sobre os quais falaremos a seguir, são<br />
aplicáveis a diferentes instituições de ensino, públicas ou privadas, utilizaremos sempre o termo<br />
“unidade educacional” (UE) para nos referirmos, ao mesmo tempo, às escolas do ensino<br />
regular (de educação infantil, do ensino fundamental e médio), às universidades, às creches, às<br />
escolas, aos cursos de educação de jovens e adultos, aos centros de educação especial ou centros<br />
de formação de educação especial. Devidamente contextualizados, referem-se também às<br />
instituições educacionais não formais, como centros de alfabetização de adultos, centros educacionais<br />
comunitários, unidades escolares ligadas às igrejas, aos sindicatos, às Organizações<br />
Não-Governamentais (ONGs), aos centros educacionais profissionalizantes, entre outras instituições<br />
educacionais da sociedade civil.