Baixar - Acervo Paulo Freire - Instituto Paulo Freire
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90 PAULO ROBERTO PADILHA<br />
Quando se fala em educação não formal, estamos nos referindo<br />
a toda e qualquer experiência e ação educacional que acontece na sociedade,<br />
que esteja fora das escolas “regulares”. São, geralmente, iniciativas<br />
da sociedade civil, institucionais ou não, com ou sem apoio do<br />
Estado, que oferecem cursos voltados para as mais diversas modalidades<br />
educacionais — como cursos de educação de jovens e adultos, cursos<br />
profissionalizantes específicos, cursos de especialização, cursos de<br />
línguas, cursos livres de arte, de música, oficinas e variedades.<br />
A educação não formal, ainda nas palavras da professora Maria<br />
da Glória Gohn, corresponde geralmente às aprendizagens políticas<br />
dos direitos dos indivíduos como cidadãos, incentivando, por exemplo,<br />
a sua participação em processos decisórios e coletivos, bem como<br />
a cursos de formação para o trabalho “por meio da aprendizagem<br />
de habilidades e/ou desenvolvimento de potencialidades”. (Gohn,<br />
1990: 98-99)<br />
Incluem-se ainda na educação não formal, segundo a mesma<br />
professora, “o exercício de práticas que capacitam os indivíduos a se<br />
organizarem com objetivos comunitários, voltadas para a solução de<br />
problemas coletivos cotidianos”, bem como “a aprendizagem dos<br />
conteúdos da escolarização formal, escolar, em formas e espaços diferenciados”,<br />
em que o processo de ensino e aprendizagem se realiza<br />
de forma mais espontânea “e as forças sociais organizadas de uma<br />
comunidade têm o poder de interferir na delimitação do conteúdo<br />
didático ministrado, bem como estabelecer as finalidades a que se<br />
destinam aquelas práticas” (Gohn, 1999: 99). A autora nos lembra,<br />
ainda, dos processos educacionais desenvolvidos na e pela mídia, em<br />
especial a eletrônica que, em 1999, ainda pouco eram trabalhadas tanto<br />
pelas escolas formais quanto pelas iniciativas de educação não formal.<br />
De certa forma, apesar dos avanços dos últimos anos, isso continua<br />
ainda incipiente, principalmente se compararmos os níveis de<br />
educação tecnológica dos chamados “países desenvolvidos” com os<br />
dos intitulados “países em desenvolvimento ou emergentes”.<br />
Entramos, hoje, no chamado “analfabetismo digital”, num momento<br />
em que vemos proliferar no mundo inteiro as tecnologias do<br />
conhecimento, quando acontece, de forma vertiginosa, “a fusão da