Baixar - Acervo Paulo Freire - Instituto Paulo Freire
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94 PAULO ROBERTO PADILHA<br />
educacionais e comunicacionais (mídias, internet), que viabilizam a<br />
própria planetarização do conhecimento em tempo real, justifica, a<br />
nosso ver, a organização desses saberes e da própria educação na<br />
perspectiva de um Mundo Educador.<br />
O Mundo Educador, didática e pedagogicamente, ajuda-nos a<br />
organizar os nossos processos de ensino e aprendizagem, pois aproxima<br />
as dimensões informais, não formais e formais da educação,<br />
facilitando a educação que queremos, aberta ao que acontece na família,<br />
nas escolas, no bairro, na cidade, no campo, no país e no mundo.<br />
Esse Mundo Educador, onde construiremos uma educação planetária,<br />
respeita, valoriza e convive com as diferenças e com as semelhanças<br />
culturais, étnicas, raciais, de gênero, geracionais, construindo uma<br />
Educação Intertranscultural, conforme veremos no movimento sete<br />
deste livro.<br />
2.3 A caminho da Educação Integral no Mundo Educador<br />
Temos nos referido a um processo educacional que crie condições<br />
concretas para que os nossos alunos e as nossas alunas vivenciem<br />
e ressignifiquem os seus próprios valores. Trata-se de “fazer”, de construir<br />
no dia-a-dia essa educação que queremos mais “cheia de graça,<br />
repleta de vida, que ganhe a praça, que promova o encontro das pessoas<br />
e que nos ensine a sonhar” e a construir pontes entre as nossas<br />
utopias e as nossas realizações.<br />
A educação acontece durante toda a vida: na infância, na préadolescência,<br />
na adolescência, na idade adulta e na velhice. 25 Estamos<br />
25. Escrevo “velhice” sem nenhum demérito a quem já tanto viveu e tem tanto a nos ensinar.<br />
O estar velho aqui é sinônimo de apurado, de mestre do saber, saber da vida, do trabalho,<br />
das relações estabelecidas e não estabelecidas, das lições aprendidas e ensinadas com o tempo.<br />
Infelizmente, chamarmos o nosso idoso, a “terceira idade”, de “a melhor idade” pode ser politicamente<br />
mais correto, por vários motivos e porque é mesmo um privilégio chegar a ter mais<br />
de 60 anos. Mas, diante do desrespeito com que ainda os tratamos, com a falta de uma aposentadoria<br />
digna, como a espera de um atendimento médico horas a fio, nas madrugadas da vida,<br />
sem falar na falta de carinho, cuidado, gentileza e respeito com eles que todos nós, mais jovens,<br />
praticamos, fica difícil falar em “melhor idade”. Não só as pessoas, mas também a cidade cuida<br />
mal dos idosos. Basta ver, por exemplo, a inadequação das nossas ruas e calçadas para que