19.04.2013 Views

Baixar - Acervo Paulo Freire - Instituto Paulo Freire

Baixar - Acervo Paulo Freire - Instituto Paulo Freire

Baixar - Acervo Paulo Freire - Instituto Paulo Freire

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

EDUCAR EM TODOS OS CANTOS 223<br />

podemos nos restringir aos conflitos multiculturais nascidos dos<br />

movimentos migratórios, como acontecia nos primórdios dos estudos<br />

sobre multiculturalismo e sobre diversidade cultural, como ainda<br />

hoje acontece.<br />

Os tempos, os espaços de relação e de contatos culturais, principalmente<br />

levando em consideração as novas tecnologias da comunicação,<br />

são outros, muito mais complexos e amplos, exigindo novas<br />

formas de enfrentamento do fenômeno multicultural e de suas manifestações<br />

mais diretas, como a violência, o preconceito, os conflitos<br />

sociais, raciais, étnicos, sexuais, religiosos, econômicos, políticos, entre<br />

outros.<br />

As instituições educacionais e os seus diversos profissionais precisam<br />

se atualizar rapidamente para acompanhar essas mudanças,<br />

que hoje acontecem de forma frenética.<br />

Na atualidade, para educar e nos educarmos, precisamos identificar<br />

as nossas crenças, os nossos costumes, as nossas manifestações<br />

espirituais, o que um trabalho mesmo crítico e interdisciplinar,<br />

por exemplo, pouco tem feito. Mas, se avançarmos para uma abordagem<br />

curricular transdisciplinar e multicultural, “com valores éticos<br />

e solidários que combatam toda forma de discriminação, toda<br />

produção cultural que brote da escola deverá contribuir significativamente<br />

para uma transformação da realidade educacional local”.<br />

(Orofino, 2005: 138)<br />

Como processo e resultado da “leitura do mundo”, vamos conhecendo<br />

identidades individuais, coletivas e múltiplas, não uma coisa<br />

ou outra, e construindo uma aprendizagem que relacione os problemas<br />

mais concretos da vida das pessoas, com os seus sonhos e utopias,<br />

com os seus saberes mais complexos e profundos. Isso é possível<br />

se o fizermos aos poucos, devagar, num processo formativo e de<br />

capacitação humana, ressignificando as nossas aprendizagens curriculares<br />

de base positivista e considerando os contextos que passamos<br />

a reconhecer com base em novas teorias, nascidas das reflexões sobre<br />

as nossas práticas — como, por exemplo, nos ensinam educadores e<br />

pesquisadores como <strong>Paulo</strong> <strong>Freire</strong>, Gregory Bateson, Homi Bhabha,

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!