Baixar - Acervo Paulo Freire - Instituto Paulo Freire
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200 PAULO ROBERTO PADILHA<br />
estudar. Concordo que, dependendo da situação, o ato de organizar a<br />
cola se transforme numa forma de estudar. Mas há muitas outras<br />
formas mais prazerosas, éticas e eficientes de se aprender.<br />
Pensamos que nesses momentos o mais aconselhável é partir da<br />
própria experiência, refletindo a prática e realmente ler a realidade<br />
contextual, a “vida cotidiana” que dá sentido às nossas ações e às<br />
nossas avaliações.<br />
6.2 Avaliação do processo de ensino e aprendizagem<br />
Avaliar o processo de ensino e aprendizagem de forma dialógica,<br />
sem negar nem dicotomizar os aspectos positivos da avaliação<br />
quantitativa e qualitativa como um dos importantes componentes do<br />
currículo da escola, geralmente associados, respectivamente, à avaliação<br />
classificatória e diagnóstica, 5 é representativo de uma ação pedagógica<br />
coerente com uma práxis transformadora, que deve ser de<br />
interesse para professores e alunos, em todas as suas etapas. Só assim<br />
a avaliação contribuirá, de fato, para que saibamos localizar as virtudes<br />
e os vícios do processo de ensino e aprendizagem para, em seguida,<br />
nos oferecer a oportunidade de superar os problemas eventualmente<br />
verificados enquanto processo e resultado.<br />
Com base nessa reflexão, apresentamos aqui uma aproximação<br />
desse tema e algumas inferências possíveis: a) avaliar não é tarefa<br />
fácil nem difícil; é uma atividade complexa, como é o próprio processo<br />
educacional; 6 b) tudo o que foi trabalhado pode ser avaliado: os<br />
conteúdos, as vivências, o que foi recriado no processo, a qualidade<br />
das pesquisas realizadas, os avanços observados nas aprendizagens<br />
socioculturais e socioambientais, bem como a validade do próprio<br />
processo avaliativo que foi utilizado; c) se vários são os sujeitos desse<br />
processo, todos eles devem participar de todas as suas etapas: desde<br />
5. Principalmente a perspectiva da permanência e do produto enfatizada pela avaliação<br />
classificatória e perspectiva da mudança, da dinâmica e do processo, conforme ênfases da avaliação<br />
diagnóstica.<br />
6. A esse respeito, ver o livro intitulado Avaliação dialógica: desafios e perspectivas (Romão,<br />
1998).