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Aviso prático: Recomenda-se, nesse contexto, o estudo do comentário<br />

interpretativo das “Normas sobre as Responsabilidades de Corporações<br />

Transnacionais referentes a Direitos Humanos” 73 .<br />

No Caso 5, a XY Ltda. não está violando a proibição da escravidão como<br />

direito humano internacional. Ela não é obrigada pelo DIDH. Contudo, as<br />

vítimas podem processar a XY Ltda. com base no direito nacional, ou até<br />

pensar em responsabilizar o Estado, caso seja possível comprovar que ele<br />

tolerou a exploração do trabalho dos empregados da XY.<br />

3. Agrupamentos não governamentais<br />

No que se refere à possibilidade de responsabilizar grupos não estatais por<br />

violações de direitos humanos, a situação jurídica é semelhante, embora em alguns<br />

detalhes se mostre um pouco diferente.<br />

Em particular, durante conflitos armados internos, assim como em situações de<br />

violência comparáveis a eles, há Estados que apoiam, mais ou menos clandestinamente,<br />

determinados grupos armados não estatais que lutam contra um governo estrangeiro<br />

no poder. Como já visto, caso seja possível comprovar que esses Estados estrangeiros<br />

conseguem exercer controle sobre esses grupos, os atos podem ser imputados ao<br />

respectivo Estado 74 . O mesmo vale, contudo, em relação ao Estado em que o conflito<br />

ou rebelião acontece, caso os insurgentes 75 consigam se tornar governo de facto sobre<br />

(uma parte do) o território de Estado 76 . Ler, para mais detalhes, os arts. 9 a 11 dos<br />

ILC-Draft Articles 77 .<br />

4. Organizações intergovernamentais<br />

Hoje, organizações intergovernamentais exercem muitas vezes funções quase<br />

governamentais. Por isso, abusos do poder por seus representantes não são raros 78 .<br />

73<br />

UN doc. E/CN.4/Sub.2/2003/38/Rev.2 of 26 of August. Disponível em: . Acesso em: 15 mar. 2009.<br />

74<br />

Art. 8 dos ILC-Draft Articles.<br />

75<br />

Vide também: Dumberry, P. New state responsibility for internationally wrongful acts by an insurrectional movement.<br />

167 EJIL, 2006, p. 605.<br />

76<br />

Art. 9 dos ILC-Draft Articles. Vide também o caso do Iran-United States Claim Tribunal, Yeager vs. Islamic Republic of<br />

Iran, 1987, p. 17, 92.<br />

77<br />

Recomendável é também a leitura do artigo de Chirwa, D. M. The doctrine of state responsibility as a potential means<br />

of holding private actors accountable for human rights. 5 Melbourne Journal of International Law, 2004, p. 1. Disponível em:<br />

. Acesso em: 15 mar. 2009.<br />

78<br />

Vide, para alguns exemplos concretos (missões de paz): Gibney, M.; Tomaševski, K.; Vedsted-Hansen, J. Transnational<br />

state responsibility for violations of human rights. 12 Harvard Human Rights Journal, 1999, p. 279. Vide, no mais, Klappe,<br />

Sven Peterke<br />

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