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I. Proteção de indivíduos além das fronteiras até a<br />

Segunda Guerra Mundial<br />

Até a Segunda Guerra Mundial, os direitos humanos eram assunto interno<br />

dos Estados. Os direitos dos indivíduos eram internacionalmente relevantes somente<br />

quando um país desejava proteger seu cidadão em outro país ou quando queria enviar<br />

um diplomata a outro país. Regras de direito internacional especificamente a respeito<br />

da imunidade diplomática desenvolveram-se já na antiguidade. A lei marcial é outro<br />

ramo do direito internacional que tem uma longa tradição, que hoje é chamada<br />

de Direito Internacional Humanitário ou de Conflito Armado. No século XIX,<br />

desenvolveram-se muitas disposições para a proteção do indivíduo, iniciadas com o<br />

Código Lieber norte-americano, de 1863, que se referia à proteção de pessoas que<br />

não participaram da guerra, civis e feridos, ou prisioneiros de guerra.<br />

Os esforços da Inglaterra para a abolição do tráfico de escravos e da escravidão,<br />

motivados principalmente por questões econômicas, merecem destaque. O Congresso<br />

de Viena, já em 1815, anunciou uma declaração sobre tráfico de escravos que foi<br />

seguida por uma série de acordos bilaterais. Após o londrino Tratado Quíntuplo de<br />

1841, o tráfico de escravos foi progressivamente diminuindo e então completamente<br />

proibido. Sob as égides da Liga das Nações, a Convenção sobre a Escravatura, um<br />

dos primeiros tratados de direitos humanos universais, foi aprovada em 1926, e a<br />

escravidão, sem exceção, proibida. Hoje a proibição da escravidão é parte do Direito<br />

Internacional Consuetudinário.<br />

Não obstante, há o problema recorrente da escravidão e do trabalho forçado.<br />

Por isso, a Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas estabeleceu um relator<br />

especial para o tema e um grupo de trabalho sobre as formas contemporâneas de<br />

escravidão .<br />

Após a Primeira Guerra Mundial, outra grande área de regulação foi a<br />

proteção internacional das minorias, equipada como uma proteção de grupo, mas<br />

que beneficiou também o indivíduo. A proteção das minorias se fez necessária<br />

porque, após a Primeira Guerra, muitos novos Estados surgiram a partir do colapso<br />

dos Impérios multiétnicos Austro-Húngaro, Otomano e Russo. A autodeterminação<br />

proclamada por Woodrow Wilson em seus 14 pontos não pôde ser completamente<br />

realizada. Faltou unidade a muitos habitantes dos novos Estados, assim foram<br />

<br />

Gulnara Shahinian. Vide relatório UN-Doc. A/HRC/9/20, de 28/7/2008, disponível em: . Acesso em: 15 fev. 2009.<br />

<br />

Disponível em: . Acesso em: 15 fev. 2009.<br />

24 Hans-Joachim Heintze

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