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204 – Reverendo G. VALE OWENparticular. É raro que tal se passe – mas não é novidade. Tais erros são cometidos aqui e alipelos guias de menor conhecimento. O zelo deles extrapola seus poderes de discernimento ede penetração, e quando uma personalidade difícil ou complexa chega aqui, algumas vezesos erros são cometidos. Eu desci para as esferas de treva, portanto, e quando, de certaforma, condicionei­me para estar ali, comecei minha pesquisa. Fui de cidade em cidade, efinalmente cheguei num portão onde senti sua presença lá dentro. Talvez você nãoentenderá prontamente o que acabei de lhe passar. Deixe estar, um dia você entenderá.Passando para dentro, atravessando um brilho obscurecido de uma luz, cheguei numaquadra onde uma multidão estava reunida. O ar parecia de uma tonalidade avermelhada,como numa casa de um ferreiro, flamejando e bruxuleando conforme a multidão ficavaanimada ou deprimida, tornando­se raivosa ou cansada. Em cima de um bloco de pedraestava o homem que eu procurava. Ele falava seriamente às pessoas numa voz severa, e eufiquei atrás deles e escutei por um tempo.Ele estava falando a eles da redenção e do Redentor – não pelo nome, repare, maspela alusão. Por duas ou três vezes vi o nome em seus lábios, mas não veio à tona, poisquando isto acontecia ali, vi que uma onda de sofrimento tomava sua face e suas mãoscrispavam­se, e ele permanecia em silêncio por instantes, e então prosseguia. Mas d’Ele, deQuem ele falava, ninguém poderia duvidar a Personalidade. Por um longo tempo ele osconvidou ao arrependimento, e contava­lhes o que a falta de conhecimento espiritual fez aele, trazendo­o para baixo, querendo ou não, lá de sua rápida parada no Céu e na luz emdireção à escuridão profunda destes mundos inferiores de sofrimento e remorso. O que elelhes recomendava fazer era isto: ele disse que tinha chegado do alto com os olhos abertos, emarcou bem o caminho, o suficiente para retornar em seus passos e alcançar a luzfinalmente. Mas o caminho era longo, e de subida sofrida, e muita escuridão. Ele, portanto,conclamava aqueles que quereriam fazer sua partida com ele, e todos juntos, como umrebanho de carneiros, para companhia e ajuda mútua, e poderiam descansar no final.Somente para não deixá­los ir sem destino pela estrada, pelos desfiladeiros e terras deflorestas fechadas que deveriam passar ao lado, e os que se perdessem, perderiam a trilhapor eras e vagariam sozinhos, até que ponto ele não saberia dizer, mas sempre naescuridão e no perigo da crueldade de quem espreita nestas regiões, para desafogar suasânsias em quem venha contra seu poder. Então, que seguissem a Bandeira que eletransportaria à frente deles, e eles então não teriam nada a temer. Porque a Bandeira queele faria para eles ser­lhes­ia um símbolo de grande força durante o caminho.Este foi o fulcro de seu discurso a eles, e eles pareciam nem se lembrar deresponder. Ele ficou ali, silencioso, por um tempo, e então dali veio uma voz de alguém damultidão, que gritou: “De que bandeira você fala? Com que armas vai enfeitar o brasão,para que saibamos qual é o líder que seguimos?”Então, o homem que estava em cima da pedra no meio do terreno levantou suamão para o alto e tentou forçá­la para baixo para que fizesse um risco, mas não pôde.Tentou fazer isto muitas vezes, mas seu braço parecia paralisado a cada vez que tentavamovê­lo para baixo deliberadamente. Então, no final – era uma visão muito dolorosa paramim que o conhecia – ele o levantou, num alto suspiro e cheio de lágrimas de agonia, e suamão caiu sobre si mesma e ficou pendurada ao seu lado.Logo ele recomeçou, e ficou ereto mais uma vez, com determinação em seu rosto.Percebera que tinha feito uma linha vertical no ar, e eis que brilhou ali, ao longo docaminho que fez sua mão ao cair, um fraco raio de luz que permaneceu diante dele. Assim,com muito esforço e cuidado, ele mais uma vez levantou sua mão, esticou­a pela linha e umpouco acima do meio de seu comprimento, e buscou aproximar e cruzar através dela, masnovamente não pôde.Eu podia ler sua mente e o que estava nela. Ele estava tentando dar a eles aInsígnia para a bandeira que deveriam seguir – o Sinal da Cruz. Então, penalizado, impeli­

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