10.07.2015 Views

1OcoLt6Kl

1OcoLt6Kl

1OcoLt6Kl

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

375 – A VIDA ALÉM DO VÉUQuando cheguei perto dos grupos, os membros viraram­se e olharam para mim, e seudivertimento aumentou quando viram minha expressão de perplexidade.“Arnel, meu irmão”, disse um de meus amigos, “aqui está o que se fazer. Estasjovens senhoritas são culpadas de um sério lapso em suas tarefas. Talvez possa vir ajudálasa se emendarem”.“Joseph”, respondi a ele – ele era um dos mais jovens irmãos – “você me dá,partindo de seu bom coração, uma tarefa tão agradável que você mesmo, garanto­lhe,avidamente tentaria. Isto não lhe daria méritos por uma recusa. Além do mais, Joseph, meufilho, estas jovens senhoritas parecem­me encarar seus problemas muito bravamente. Qualé o crime de vocês, minhas jovens pecadoras, que nem Joseph pode remediar, e do qualtambém vocês mostraram sinais tão incomuns de penitência?”Então uma delas veio me minha direção e, colocando sua mão em meu braço,virou seu lindo rosto cheio de ironia, e disse, encenando choro, “Por favor, senhor,incorremos em uma grave falta. Perdemos as crianças”.“Que crianças são estas?” eu disse, zombando com severidade.“As que tínhamos ao nosso encargo, senhor”. disse ela. “Estavam brincando poraqui depois das aulas. São boas crianças e não desobedecem. Então, quando passeávamosem volta deste jardim, descobrimos que elas não nos seguiram. Corremos para cá e não asachamos”.“Mas, quando vinha para cá escutei suas vozes muito claramente”, eu disse.“Isto é verdade, senhor”, respondeu ela, também nós escutamos. Mas onde estãoas crianças?”Desde que havíamos começado nossa conversa, nenhuma risada de criançainterrompera­nos. Mas eu sabia que elas estavam perto e estavam escutando tudo quedizíamos. Indubitavelmente, depressa percebi que de vez em quando um sussurro abafadovinha da direção da Fonte e, agora e novamente, uma risada de criança, baixa e irresistível,rapidamente sufocada.Então eu disse, “Com sua licença, boa senhorita, este problema me agrada e sintomedesejoso de tentar uma solução. Por isso, dê­me tempo para pensar um pouco sobre istoe farei o que possa, já que seria uma vergonha para minha idade madura se não fossecapaz de desvendar este mistério, como penso que fizeram”.Então, enquanto ela voltou para suas companheiras, eu me aproximei da base dabacia para tentar minha sorte neste jogo. A Fonte, você deve saber, foi projetada e mantidapela instituição da qual este anexo fazia parte. Um dos departamentos ocupava­se emensinar crianças de alguma forma mais adiantadas. Era o que chamariam, um Colégiomisto. O desenho da Fonte, então, expressava uma fase de seus estudos. Era feita pararepresentar uma colina em miniatura encaixada em um gramado e uma pequena floresta,onde se escondiam grupos de animais e pássaros.Conforme inclinei­me para ficar mais próximo, pude examinar de mais perto estesantuário. Era bem concebido, mas a execução carecia de acabamento. Verdadeiramente,eu poderia nomear a maioria dos animais que o escultor esforçara­se por expressar; masforam rudemente feitos, e alguns eram quase que grotescos, e a parecença ao original erasofrível.Mas fiquei cauteloso em tirar minha conclusão. Eu sabia que um trabalho tão malfeito na Esfera Sete era, no mínimo, incomum. Devia haver uma razão para isto.Justamente quando eu estava pensando bem profundamente, veio da boca de umjacaré bem em frente de mim, do outro lado da água, um alto e terrível urro. Mas a voz nãoera de nenhum lagarto jamais criado. Era uma imitação passável do urro de um tigre.“Ai, há cinco neste um aqui, dizem­me eles, e pelo estrondo que saiu quase possoacreditar nisto”, disse Joseph em meu cotovelo.Antes que ele me dissesse, eu já havia desfeito meu enigma. As crianças estavam

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!