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28 – Reverendo G. VALE OWENPara ajudá­lo neste assunto, portanto, tentaremos contar­lhe de um sistema quetemos aqui para separar e discernir entre as coisas que importam e as de menorimportância. Quando estamos com alguma dúvida – e falo apenas de nosso círculoimediato – vamos ao topo de algum edifício, ou montanha, ou algum lugar elevado de ondepossamos avistar as terras distantes que nos cercam. Então, expomos nossas dificuldades, equando acabamos de completar o raciocínio, ficamos em silêncio por um tempo,esforçando­nos por retratar tudo dentro de nós, da forma como as coisas são. Depois dealgum tempo começamos a ver e ouvir algum lugar mais alto que o nosso, e vemos que ascoisas importantes são as que nos mostram, pela visão e audição, que ainda persistemnaquele plano mais elevado, naquelas esferas mais altas. Mas não ouvimos ou vemos ascoisas que não importam tanto, e é desta forma conseguimos separar uma categoria deoutra.Parece tudo certo, querida, mas poderia dar‐me um caso mais específico, a fimde exemplificar?Penso que sim. Tivemos que lidar com uma dúvida, e não sabíamos como agir damelhor forma. Foi sobre uma mulher que estava aqui por um bom tempo e não pareciacapaz de progredir muito. Não era má pessoa, mas parecia ser insegura a respeito de simesma e de todos os que a cercavam. Sua principal dúvida era sobre os anjos – se eleseram todos de luz e bondade, ou se alguns eram de um estado angelical e outros daescuridão. Por algum tempo não conseguimos ver o porquê disto estar perturbando­atanto, já que tudo por aqui parecia ser amoroso e brilhante. Mas descobrimos que ela tinhaalguns parentes que haviam vindo para cá antes dela, e a quem ela não vira e nãoconseguia encontrar seu paradeiro. Quando descobrimos o principal problema dela,discutimos entre nós e fomos ao topo da colina, colocando nosso desejo de ajudá­la epedindo que nos fosse mostrada a melhor maneira. Uma coisa memorável aconteceu, tãoinesperada quanto útil.Quando ficamos ajoelhados ali, todo o topo da colina pareceu tornar­setransparente e, enquanto estávamos ajoelhados, com as cabeças inclinadas, enxergamosdiretamente através dela, e uma parte das regiões abaixo foi trazida a nós muitonitidamente. A cena que vimos – e todos nós a vimos, portanto não poderia ser ilusão – eranuma planície obscura, árida e nua, e, encostado numa rocha, estava um homem de altaestatura. Diante dele, ajoelhada no chão, com as faces cobertas pelas mãos, havia umaoutra pessoa. Era um homem, e parecia estar implorando algo ao outro, que continuavaali, com aparência de estar em dúvida. Então, finalmente, num impulso súbito, ele seabaixou e levantou em suas costas aquele que estava ajoelhado e o conduziu pela planície,em direção ao horizonte onde refulgia a luz pálida do crepúsculo.Ele andou uma longa jornada com aquela carga e então, quando chegaram a umlugar onde a luz era mais forte, ele o largou e apontou um caminho a ele; então vimos queeste agradeceu muito e muito, então voltou­se e correu rumo à luz. Nós o seguimos comnossos olhos, e então vimos que lhe havia sido apontado o caminho da ponte, da qual já lhefalei – na extremidade que está no outro lado do precipício. Ainda não entendíamos porque esta visão estava sendo mostrada a nós, e continuamos seguindo o homem até que elealcançou o enorme prédio que está no começo da ponte – não para guardá­la, mas para

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