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245 – A VIDA ALÉM DO VÉUconhecia. Senti que meu propósito era principalmente ele, porque tive convicção de que sepudesse impressioná­lo, poderíamos através dele conseguir fazer seus companheirosinteressarem­se pelo futuro deles, porque ele parecia ser o dominador perante os demais.Então fui até ele e o peguei pelo braço dizendo seu nome e sorrindo, e fomosandar à parte, e gradualmente levei­o a uma conversa sobre sua vida na terra, e suasvontades e aventuras, e suas falhas, e, finalmente, de alguns de seus pecados. Estes, ele nãoos admitiu muito prontamente, mas antes que eu o deixasse ele me permitiu culpá­lo emdois pontos, e admitiu que eu tinha razão. Este foi um grande avanço, e pedi que pensasseem tudo aquilo da forma como eu havia colocado a ele, e então eu o procuraria e falariacom ele novamente, se ele assim o desejasse. Desta forma tomei suas mãos num apertadocumprimento e deixei­o. Eu o vi sentar­se e dobrar seus joelhos até o queixo e passar seusbraços pelas canelas, e deixei­o olhando o fogo numa introspecção profunda.Mas eu não iria até ele enquanto não procurasse e falasse com o outro homem,que me parecia maduro para uma jornada para fora daquela região, rumo a outra maissintonizada com sua mente arrependida. Não o encontrei por algum tempo, masfinalmente fui ao seu encontro quando estava sentado num tronco de uma árvore caída,conversando com uma mulher que escutava muito atenta ao que ele dizia.Vendo­me aproximar, ele ficou em pé e veio em minha direção, e disse: “Meuamigo, obrigado por seu bom serviço, porque através de sua ajuda tão marcante conseguiimpressionar aquele homem infeliz como nunca antes havia conseguido. Você está maisfamiliarizado com a natureza destes seus companheiros que eu, e usou sua experiência porum bom efeito. E agora, o que será de sua própria vida e do futuro?”“Eu agradeço ao senhor, em retorno”, respondeu. “Não devo me alongar emminha descoberta com o senhor. Não sou desta região, senhor, mas da Quarta Esfera, eestou aqui pela opção de servir, tanto quanto possa, entre estas pobres e escuras almas”.”Mora aqui constantemente?” perguntei a ele, encantado, e ele respondeu: “Por longosperíodos, sim. Mas quando a depressão fica pesada demais, eu volto para meu lar por umpouquinho, para me recompor, para depois voltar para cá mais uma vez”. “Com quefrequência?” perguntei­lhe. “Desde que vim para cá pela primeira vez”, disse ele, “unssessenta anos na medida de tempo da terra, voltei para casa umas nove vezes. Muitos dosque eu conheci na terra vieram para cá nos meus primeiros tempos, mas nenhumultimamente; eles todos são estranhos agora. Ainda tenho a intenção de ajudá­los, um porum”.Diante disso, fiquei maravilhado e envergonhado. Nesta hora minha comitivachegou de seu turno e considerou esta conduta uma virtude. Mas este que estava diante demim fez­me lembrar de outro Que deixava Sua glória de lado e tirava de Si para que outrospudessem ser satisfeitos. Penso que até então eu não havia percebido completamente o quesignificava um homem renunciar sua própria vida por seus amigos, sim, e por amigos comoestes, e habitar com eles nestas regiões sombrias da morte. Ele me viu e entendeu o que sepassava em minha mente, e tomando para si a minha vergonha, disse melancolicamente:“Tanto Ele fez por mim, senhor – tanto – e por um custo tão alto”.E eu lhe disse, segurando suas mãos nas minhas: “Meu irmão, você me deu umalição do verdadeiro Livro do Amor de Deus. O Cristo de Deus está além de nossoentendimento na Majestade de Sua Beleza e Seu Amor é grande e doce. Podemos nãocompreendê­Lo, apenas reverenciá­Lo em adoração. Mas desde que é assim, sempreganhamos em estar junto de quem sabe como buscar ser um cristo menor. E esse, penso eu,encontrei em você”.Mas ele apenas abaixou sua cabeça, e enquanto eu, inclinado em reverência,beijei­o onde seu cabelo repartia­se, murmurou como se fosse para si mesmo: “Se eu fossemerecedor... se apenas fosse merecedor daquele Nome”.

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