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312 – Reverendo G. VALE OWENposteriores, estes tempos de tensão quando algum novo elemento da grandeza potencial dohomem trabalhou em sua luta pela autoafirmação na contabilidade do progresso futuroda raça. O recente ímpeto que foi dado às suas ciências dos fenômenos veio do mesmo reinodistante. Os homens pensaram que esta fase coroava a sabedoria das eras antes deles. Masnão é encontrada uma finalidade neste ordenamento do que é material, e o progresso realainda continua em seu caminho. Pois não é aqui a Cidade da Coroação, mas longe, nasalturas além. Vocês apenas acabaram de transitar pelo vale e ajuntaram os seixos dascorrentes por onde passaram. Trazem­nos novamente para a visita ao lapidador. Isto seráum dia, e ele polirá aquelas pedrinhas até ficarem brilhantes e lindas para a coroa real.Mas ele não reside no vale, nem entre as escarpas onde está seu caminho agora, masacima, entre os altos planos onde a luz atinge em cheio e aquece. Aqui é o Pórtico doPalácio Real onde habita o Rei e Sua Corte, mas Ele está em ação no serviço ativo nocaminho abaixo, ali embaixo, com Suas miríades onde Ele mais uma vez anda invisível pelaterra, e em sua trilha marchamos, nós os que falamos a você e fazemos o trabalho que nosfoi dado para ser feito.Eu entendo você corretamente, Arnel, quando diz que o Cristo está atualmenteno plano da terra e que você e muitos outros recebem ordens d’Ele?De quem mais receberíamos? Perceba, você, meu filho, as marcantes forçastrabalhando, e julgue tudo de forma justa. Sua ciência, intoxicada por sua própriaexalação, acaba de dar mais um salto e tornou etéreos os materiais – isto contra estesmesmos preceitos que apareceram. Sinais e maravilhas de diversos tipos são contados, e oque antes era um sussurro, agora dá espaço às exclamações. Olhe em torno e verá,refletidas nas águas sobre a terra, as faces sorridentes de nossas miríades, todos a trabalhoe sempre ocupados. Estamos silenciosos, mas vocês nos escutam; somos invisíveis, masnossos dedos fazem ondular cada onda. Os homens dizem que não nos sentem, mas mesmoassim nossa presença os envolve e ficamos felizes de estarmos cutucando com os seus dedosem cada torta que fazem. Nós não roubamos suas ameixas, não, mas a torta é mais docepor nossa contribuição.Um funileiro deixou sua vasilha de estanho sobre o assento onde havia comidosua refeição da noite, lá fora na varanda de sua cabana, e foi para a cama, esquecendo­aali. O velho gato, na escuridão, veio e encontrou a comida que ele deixara e comeu. E usoucomo cama a vasilha onde havia achado tamanha iguaria. Mas ela estava estranhamentedura e muitas vezes virou e virou para fazer daquilo um lugar mais de acordo para dormir.Mas nada mais fez que polir aquela tigela com seu pelo macio até que brilhasse comonunca. Ao amanhecer, o funileiro saiu e sob a luz do sol o instrumento brilhou como umprato de ouro. “Agora”, disse o funileiro, “aqui há acontecimentos estranhos. A carne se foi,mas o instrumento ficou para mim. Aquela carne indo embora diz ‘Ladrão’, mas oinstrumento fica e, polido brilhantemente, grita ‘Bom amigo’. Mas, sendo um homem demente racional, pareceu­lhe que a solução do fato estava assim colocada: Eu mesmo comi acarne, e enquanto bebi minha caneca de cerveja eu, meditando nas estrelas e em outrosaltos temas, poli usando a minha jaqueta, ajuntando os fios das nuvens, como um homemde cabeça faria. E aqui vem o gato para verificar. Veja você, gato, não é isto uminstrumento brilhante, e não fui eu, seu mestre, que o poli? Ou, se for de sua sabedoriafelina, diga­me quem?” E o gato respondeu, “Eeuu”, reprimindo o término de seu “miaau”,sendo um gato cauteloso. Pois no instrumento já havia visto seu rosto refletido. E ofunileiro disse, “Pobre besta muda. Bom, é bom que seu mestre tenha sabedoria e voz parafalar”.Então pegou seu instrumento e, com orgulho, colocou­o sobre o canapé para quesua esposa o visse. Mas ela olhou para fora da janela, e somente disse, “O gato se pôs adormir. Sábio gato; sempre foi”.

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