10formosa e de várias cores, é misteriosa, começa no mais alto <strong>em</strong> três folhinhas, <strong>que</strong> <strong>se</strong> r<strong>em</strong>atam <strong>em</strong>um globo, <strong>que</strong> repre<strong>se</strong>nta as três divinas pessoas <strong>em</strong> uma Divindade ou / como outros <strong>que</strong>r<strong>em</strong> / ostrês cravos com <strong>que</strong> Cristo foi encrava<strong>do</strong>, e logo t<strong>em</strong> abaixo <strong>do</strong> globo (<strong>que</strong> é o fruto) outras cincofolhas, <strong>que</strong> <strong>se</strong> r<strong>em</strong>atam <strong>em</strong> uma roxa coroa, repre<strong>se</strong>ntan<strong>do</strong> as cinco chagas e coroa de espinhos deCristo Nosso Redentor.Das árvores e plantas frutíferas, <strong>que</strong> <strong>se</strong> cultivam <strong>em</strong> Portugal, <strong>se</strong> dão no Brasil as de espinhocom tanto viço, e fertilidade, <strong>que</strong> to<strong>do</strong> o ano há laranjas, limões cidras e limas <strong>do</strong>ces <strong>em</strong> muitaabundância. Há também romãs, marmelos, figos e uvas de parreira, <strong>que</strong> <strong>se</strong> vindimam duas vezes noano; e na mesma parreira / <strong>se</strong> <strong>que</strong>r<strong>em</strong>/ t<strong>em</strong> juntamente uvas <strong>em</strong> flor, outras <strong>em</strong> agraço, outrasmaduras, <strong>se</strong> as podam a pedaços <strong>em</strong> t<strong>em</strong>pos diversos.Há muitas melancias e abóboras de Quaresma, e de con<strong>se</strong>rva muitos melões to<strong>do</strong> o verão tãobons, como os bons de Abrantes, e com esta vantag<strong>em</strong> <strong>que</strong> lá entre cento <strong>se</strong> não acham <strong>do</strong>is bons, ecá entre cento <strong>se</strong> não acham <strong>do</strong>is ruins.Finalmente <strong>se</strong> dá no Brasil toda a hortaliça de Portugal, hortelã, endros, coentro, <strong>se</strong>gurelha,alfaces, celgas, borragens, nabos e couves, e estas só uma vez <strong>se</strong> plantam de couvinha, mas depois<strong>do</strong>s olhos, <strong>que</strong> nasc<strong>em</strong> ao pé, <strong>se</strong> faz a planta muitos anos, e <strong>em</strong> poucos dias cresc<strong>em</strong> e <strong>se</strong> faz<strong>em</strong>grandes couves: além destas há outras couves da mesma terra, chamadas taiobas, das quais com<strong>em</strong>também as raízes cozidas, <strong>que</strong> são como batatas pe<strong>que</strong>nas.CAPÍTULO SÉTIMODas árvores e ervas medicinais, e outras qualidades ocultasAlém das árvores <strong>do</strong> salutífero bálsamo, e óleo de copaíba, de <strong>que</strong> já fiz menção no capítulo<strong>se</strong>xto, há outras, <strong>que</strong> destilam de si mui boa almécega, para as boticas: outras chamadas sassafrás,ou árvores de funcho, por<strong>que</strong> cheiram, a ele, cujas raízes e o próprio pau para enfermidades dehumores frios é tão medicinal como o pau da China. Há árvores de canafístula brava, assimchamada, por<strong>que</strong> <strong>se</strong> dá nos matos, e outra <strong>que</strong> <strong>se</strong> planta, e é a mesma <strong>que</strong> das Índias.Há umas árvores chamadas anudaz, <strong>que</strong> dão castanhas excelentes para purgas, e outras <strong>que</strong>dão pinhões para o mesmo efeito, os quais têm este mistério <strong>que</strong> <strong>se</strong> tomam com uma tona, e películosutil, <strong>que</strong> t<strong>em</strong>, provocam o vômito, e <strong>se</strong> lha tiram, somente provocam a câmera. Mas t<strong>em</strong>-<strong>se</strong> pormais fácil, e melhor a purga da batata, ou mechoação, <strong>que</strong> também há muita pelos matos.Nas praias <strong>do</strong> mar, ou ao longo delas <strong>se</strong> dá uma erva, <strong>que</strong> <strong>se</strong> não é a salsaparrilha, parece-<strong>se</strong>com ela, e tomada <strong>em</strong> sua<strong>do</strong>uros faz os mesmos efeitos.A erva fedegosa, chamada <strong>do</strong>s gentios e índios feiticeira, pelas muitas curas, <strong>que</strong> com ela <strong>se</strong>faz<strong>em</strong> e, particularmente <strong>do</strong> bicho, <strong>que</strong> é uma <strong>do</strong>ença mortífera.As ambaíbas, são umas figueiras bravas <strong>que</strong> dão uns figos de <strong>do</strong>is palmos, qua<strong>se</strong>, decompri<strong>do</strong>, mas pouco mais grossos <strong>que</strong> um de<strong>do</strong>, os quais <strong>se</strong> com<strong>em</strong> e são mui <strong>do</strong>ces, e os olhosdessas árvores pisa<strong>do</strong>s, e postos <strong>em</strong> feridas frescas, com o sangue as saram maravilhosamente. Afolha da figueira <strong>do</strong> inferno posta sobre nascidas, e leicenços mitiga a <strong>do</strong>r, e a sara. As de jurubebasaram as chagas, e as raízes são contra peçonha. A caroba sara das boubas. O cipó, das câmeras;enfim não há enfermidade contra a qual não haja ervas nesta terra, n<strong>em</strong> os índios naturais dela têmoutra botica ou usam de outras medicinas.Outras há de qualidades ocultas, entre as quais é admirável uma ervazinha, a <strong>que</strong> chamamerva viva, e lhe puderam chamar <strong>se</strong>nsitiva, <strong>se</strong> o não contradis<strong>se</strong>ra a filosofia, a qual ensina o<strong>se</strong>nsitivo <strong>se</strong>r diferença genérica <strong>que</strong> distingue o animal da planta, e assim define o animal, <strong>que</strong> écorpo vivente <strong>se</strong>nsitivo.
11Mas contra isto v<strong>em</strong>os, <strong>que</strong> <strong>se</strong> tocam esta erva com a mão, ou com qual<strong>que</strong>r outra coisa, <strong>se</strong>encolhe logo, e <strong>se</strong> murcha, como <strong>se</strong> <strong>se</strong>ntira o to<strong>que</strong>, e depois <strong>que</strong> a largam, como já es<strong>que</strong>cida <strong>do</strong>agravo, <strong>que</strong> lhe fizeram, <strong>se</strong> torna a estender e abrir as folhas; deve isto <strong>se</strong>r alguma qualidade oculta,qual a da pedra de cevar para atrair o ferro, e não lhe sab<strong>em</strong>os outra virtude.CAPÍTULO OITAVODo mantimento <strong>do</strong> BrasilÉ o Brasil mais abasta<strong>do</strong> de mantimentos <strong>que</strong> quantas terras há no mun<strong>do</strong>, por<strong>que</strong> nele <strong>se</strong>dão os mantimentos de todas as outras. Dá-<strong>se</strong> trigo <strong>em</strong> S. Vicente <strong>em</strong> muita quantidade, e dar-<strong>se</strong>-ánas mais partes cansan<strong>do</strong> <strong>primeiro</strong> as terras, por<strong>que</strong> o viço lhe faz mal.Dá-<strong>se</strong> também <strong>em</strong> to<strong>do</strong> o Brasil muito arroz, <strong>que</strong> é o mantimento da Índia Oriental, e muitomilho zaburro, <strong>que</strong> é o das Antilhas e Índia Ocidental. Dão-<strong>se</strong> muitos inhames grandes, <strong>que</strong> é omantimento de S. Tomé e Cabo Verde, e outros mais pe<strong>que</strong>nos, e muitas batatas, as quais plantadasuma só vez s<strong>em</strong>pre fica a terra inçada destas.Mas o ordinário e principal mantimento <strong>do</strong> Brasil é o <strong>que</strong> <strong>se</strong> faz da mandioca, <strong>que</strong> são umasraízes maiores <strong>que</strong> nabos e de admirável propriedade, por<strong>que</strong> <strong>se</strong> as com<strong>em</strong> cruas, ou assadas sãomortífera peçonha, mas raladas, esprimidas e desfeitas <strong>em</strong> farinha faz<strong>em</strong> delas uns bolos delga<strong>do</strong>s,<strong>que</strong> coz<strong>em</strong> <strong>em</strong> uma bacia, ou alguidar, e <strong>se</strong> chamam beijus, <strong>que</strong> é muito bom mantimento, e de fácildigestão, ou coz<strong>em</strong> a mesma farinha mexen<strong>do</strong>-a na bacia como confeitos, e esta <strong>se</strong> a torram b<strong>em</strong>,dura mais <strong>que</strong> os beijus, e por isso é chamada farinha de guerra, por<strong>que</strong> os índios a levam quan<strong>do</strong>vão a guerra longe de suas casas, e os marinheiros faz<strong>em</strong> dela sua matalotag<strong>em</strong> daqui para o reino.Outra farinha <strong>se</strong> faz fresca, <strong>que</strong> não é tão cozida, e para esta / <strong>se</strong> a <strong>que</strong>r<strong>em</strong> regalada / deitam<strong>primeiro</strong> as raízes de molho, até <strong>que</strong> amoleçam, e <strong>se</strong> façam brandas, e então as espr<strong>em</strong><strong>em</strong> etc., e <strong>se</strong>estas raízes assim moles as põ<strong>em</strong> a <strong>se</strong>car ao sol chama-<strong>se</strong> carimã, e as guardam ao fumo <strong>em</strong> caniçosmuito t<strong>em</strong>po, as quais, pisadas <strong>se</strong> faz<strong>em</strong> <strong>em</strong> pó tão alvo como o da farinha de trigo, e dele amassa<strong>do</strong>faz<strong>em</strong> pão, <strong>que</strong> <strong>se</strong> é de leite, ou mistura<strong>do</strong> com farinha de milho, e de arroz, é muito bom, ma<strong>se</strong>str<strong>em</strong>e é algum tanto corriento; e assim o para <strong>que</strong> mais o <strong>que</strong>r<strong>em</strong> é para papas, <strong>que</strong> faz<strong>em</strong> para os<strong>do</strong>entes com açúcar, e as t<strong>em</strong> por melhores <strong>que</strong> tisanas, e para os sãos as faz<strong>em</strong> de cal<strong>do</strong> de peixe oude carne, ou só de água, e esta é a melhor triaga <strong>que</strong> há contra toda a peçonha, e por isso dis<strong>se</strong>destas raízes, <strong>que</strong> tinham propriedade admirável, por<strong>que</strong> <strong>se</strong>n<strong>do</strong> cruas mortífera peçonha, só com umpouco de água e sal <strong>se</strong> faz<strong>em</strong> mantimento e salutífera triaga: e ainda t<strong>em</strong> outra a meu ver maisadmirável, <strong>que</strong> <strong>se</strong>n<strong>do</strong> estas raízes cruas mantimento com <strong>que</strong> sustentam e engordam ceva<strong>do</strong>s ecavalos, <strong>se</strong> as espr<strong>em</strong><strong>em</strong> e lhe beb<strong>em</strong> só o sumo morr<strong>em</strong> logo, e com <strong>se</strong>r este sumo tão finapeçonha, <strong>se</strong> o deixam as<strong>se</strong>ntar-<strong>se</strong> coalha <strong>em</strong> um polme, a <strong>que</strong> chamam tapioca, de <strong>que</strong> <strong>se</strong> faz maisgostosa farinha, e beijus, <strong>que</strong> da mandioca, e cru é bela goma para engomar mantos.Outra casta há de mandioca, a <strong>que</strong> chamam aipins, <strong>que</strong> <strong>se</strong> pod<strong>em</strong> comer crus, s<strong>em</strong> fazerdano, e assa<strong>do</strong>s sab<strong>em</strong> a castanhas de Portugal assadas, e assim de uma como da outra não énecessário perder-<strong>se</strong> a s<strong>em</strong>ente, quan<strong>do</strong> <strong>se</strong> planta, como no trigo; mas só <strong>se</strong> planta a rama feita <strong>em</strong>pedaços de pouco mais de palmo, os quais meti<strong>do</strong>s até o meio na terra cavada dão muitas e grandesraízes, n<strong>em</strong> <strong>se</strong> recolh<strong>em</strong> <strong>em</strong> celeiros <strong>do</strong>nde <strong>se</strong> comam de gorgulho como o trigo, mas colh<strong>em</strong>-as <strong>do</strong>campo pouco a pouco, quan<strong>do</strong> <strong>que</strong>r<strong>em</strong>, e até as folhas pisadas, e cozidas <strong>se</strong> com<strong>em</strong>.CAPÍTULO NONO
- Page 1 and 2: HISTÓRIA DO BRASILPORFREI VICENTE
- Page 3 and 4: 3CAPÍTULO PRIMEIROComo foi descobe
- Page 5 and 6: 5terras e ilhas que estavam para de
- Page 7 and 8: 7A última causa é pela igualdade
- Page 9: 9virtude no óleo, mas também na c
- Page 13 and 14: 13Outros bugios há não tão grand
- Page 15 and 16: 15grossas. Há briguigões, amêijo
- Page 17 and 18: 17nossas, porque se querem dizer Fr
- Page 19 and 20: 19As mães dão de mamar aos filhos
- Page 21 and 22: 21das casas, declarando-lhes onde v
- Page 23 and 24: 23CAPÍTULO PRIMEIRODe como se cont
- Page 25 and 26: 25grandes vinhas, donde se colhem m
- Page 27 and 28: 27Nesta ermida esteve antigamente p
- Page 29 and 30: 29se passou à ilha, onde em memór
- Page 31 and 32: 31tinham presos, mortos, e cativos,
- Page 33 and 34: 33O intento que o levou devia ser p
- Page 35 and 36: 35o sul, e outras 25 da capitania d
- Page 37 and 38: 37o primeiro arribou às Antilhas,
- Page 39 and 40: 39Todos estes rios têm boníssimas
- Page 41 and 42: 41servir aos brancos, e assim edifi
- Page 43 and 44: 43Porém o demônio perturbador da
- Page 45 and 46: 45irmão; Jerônimo Corrêa Barreto
- Page 47 and 48: 47CAPÍTULO OITAVODa entrada dos fr
- Page 49 and 50: 49elas não coube em cada uma mais
- Page 51 and 52: 51que consigo levava, a cuja vista
- Page 53 and 54: 53asenhorearam da nau, e vendo que
- Page 55 and 56: 55trazem, sem lhe custar trabalho d
- Page 57 and 58: 57segura, e ele com grande ânimo e
- Page 59 and 60: 59mais conta dos interesses desta v
- Page 61 and 62:
61Silva de Menezes, Nuno Velho Pere
- Page 63 and 64:
63desordenadas, começou a entender
- Page 65 and 66:
65liberdade, comendo a carne de seu
- Page 67 and 68:
67capitão-mor da ilha, como foram,
- Page 69 and 70:
69CAPÍTULO VIGÉSIMO QUINTODe uma
- Page 71 and 72:
71Araconda fossem à caça lhes dis
- Page 73 and 74:
73De como veio governar o Brasil Ma
- Page 75 and 76:
75duas, que ali achou, passou ao Ri
- Page 77 and 78:
77por cabeça, com a gente que o ou
- Page 79 and 80:
79terra com as naus, e lhas queimar
- Page 81 and 82:
81foi tal a pressa e açodamento, q
- Page 83 and 84:
83De como o general Martim Leitão
- Page 85 and 86:
85tudo presente: do que Simão Falc
- Page 87 and 88:
87seis alqueires de farinha de guer
- Page 89 and 90:
89lá chegou deitou João Tavares f
- Page 91 and 92:
91espantoso em todos, e à noite fo
- Page 93 and 94:
93para defender a aldeia do Assento
- Page 95 and 96:
95qual causa, e por termos naquela
- Page 97 and 98:
97Alcançada a vitória, e curados
- Page 99 and 100:
99certa paragem do rio de S. Franci
- Page 101 and 102:
101ociosamente senão que como era
- Page 103 and 104:
103CAPÍTULO VIGÉSIMO QUARTODe com
- Page 105 and 106:
105Potiguares, os quais como viram
- Page 107 and 108:
107inimigos, até lhe quebrar a esp
- Page 109 and 110:
109com ombro com o capitão, assent
- Page 111 and 112:
111Aimoré, que Álvaro Rodrigues d
- Page 113 and 114:
113Neste tempo lançaram os holande
- Page 115 and 116:
115estiveram 20 dias, e no fim dele
- Page 117 and 118:
117varas com que açoutam, para mos
- Page 119 and 120:
119governado a aldeia, em seu lugar
- Page 121 and 122:
121oeste, e o sul lhe fica travessa
- Page 123 and 124:
123tenda, onde estava rezando, a ve
- Page 125 and 126:
125afirmou um padre da companhia, q
- Page 127 and 128:
127um presídio, donde mandando o c
- Page 129 and 130:
129mosquete, abaixo do nosso forte,
- Page 131 and 132:
131especificam, porque se confiam e
- Page 133 and 134:
133Recebendo Baltazar de Aragão a
- Page 135 and 136:
135O governador achou a Manuel de S
- Page 137 and 138:
137se esperarem novas guerras nesta
- Page 139 and 140:
139com que ao longe pareciam todos
- Page 141 and 142:
141que em nenhum outro, porque lhe
- Page 143 and 144:
143onde estivesse, e a quem o gover
- Page 145 and 146:
145onde vieram, e ainda os foram se
- Page 147 and 148:
147querendo nisto dizer que não er
- Page 149 and 150:
149O dia seguinte chegadas as lanch
- Page 151 and 152:
151como os trazia do Santo Ofício
- Page 153 and 154:
153estavam alguns holandeses metido
- Page 155 and 156:
155cuidado. Fez também cabo a Joã
- Page 157 and 158:
157das Neves Menor, capitão Gonça
- Page 159 and 160:
159Finalmente deram os mercadores p
- Page 161 and 162:
161dizendo «Sabei, luteranos, que
- Page 163 and 164:
163da Sé, que está no mais alto l
- Page 165 and 166:
165CAPÍTULO QUADRAGÉSIMODe outras
- Page 167 and 168:
167todos, depois de suas conferênc
- Page 169 and 170:
169que tanta que os ingleses aporta
- Page 171 and 172:
171de Machico; saiu-lhes Tristão d
- Page 173 and 174:
173D. Manuel de Menezes, general da
- Page 175 and 176:
175capitão lhes não quis conceder
- Page 177 and 178:
177haviam tomado, e também porque
- Page 179:
179salvamento em 52 dias a Caminha,