13.07.2015 Views

história do brasil frei vicente do salvador livro primeiro em que se ...

história do brasil frei vicente do salvador livro primeiro em que se ...

história do brasil frei vicente do salvador livro primeiro em que se ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

130sobre o qual (havi<strong>do</strong> salvo-conduto <strong>do</strong>s generais) vieram ao nosso forte de Santa Maria o capitãoMalharte, e um cavaleiro da ord<strong>em</strong> de S. João, e foi aos <strong>se</strong>us navios, onde o general então estava,Diogo de Campos Moreno, colega <strong>do</strong> capitão-mor, e o capitão Gregório Fragoso de Albu<strong>que</strong>r<strong>que</strong>,<strong>se</strong>u sobrinho, e depois de declarar<strong>em</strong> uns e outros o <strong>que</strong> <strong>que</strong>riam, e as<strong>se</strong>ntar<strong>em</strong> <strong>que</strong> o generalfrancês, pois cometia as pazes, fizes<strong>se</strong> os capítulos delas, <strong>se</strong> vieram os nossos mensageiros, e <strong>se</strong>foram os <strong>se</strong>us, e ao dia <strong>se</strong>guinte tornou o capitão Malharte com os capítulos por escrito, <strong>que</strong> eram os<strong>se</strong>guintes:FORMA DAS TRÉGUASArtigos acorda<strong>do</strong>s entre os <strong>se</strong>nhores Daniel de Lancé (La Touché), <strong>se</strong>nhor de lá Raverdière,Lugar tenente general <strong>do</strong> Brasil pelo cristianíssimo rei de França e de Navarra, agente de MicerNicolas de Harley, <strong>se</strong>nhor de Sansy, <strong>do</strong> Con<strong>se</strong>lho de Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> dito <strong>se</strong>nhor rei, e <strong>do</strong> Con<strong>se</strong>lhoPriva<strong>do</strong>, barão de Molé, e Grosbués; e por Micer de Rasilli, entre ambos lugar tenentes generais porel-rei cristianíssimo nas terras <strong>do</strong> Brasil com c<strong>em</strong> (sic) léguas de costa com to<strong>do</strong>s os meridianosnelas inclusos; e Jerônimo de Albu<strong>que</strong>r<strong>que</strong>, capitão mor pela Majestade de el-rei Filipe Segun<strong>do</strong> dajornada <strong>do</strong> Maranhão, e assim o capitão e sargento-mor de to<strong>do</strong> o esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Brasil, Diogo deCampos, colega, e colateral <strong>do</strong> dito capitão-mor, et cetera.It<strong>em</strong> — Primeiramente a paz <strong>se</strong> acor<strong>do</strong>u entre os ditos <strong>se</strong>nhores <strong>do</strong> dia de hoje até o fim denov<strong>em</strong>bro (sic) <strong>do</strong> ano de mil <strong>se</strong>iscentos e quinze, durante o qual t<strong>em</strong>po cessaram entre eles to<strong>do</strong>sos atos de inimizade, <strong>que</strong> hão dura<strong>do</strong> de 28 (sic) de outubro até hoje, por falta de saber as tenções deuns e outros, <strong>do</strong>nde <strong>se</strong> <strong>se</strong>guia grande perda <strong>do</strong> sangue cristão de ambas as partes, e grandesdesgostos entre os ditos <strong>se</strong>nhores.It<strong>em</strong> — Se acorda entre os ditos <strong>se</strong>nhores <strong>que</strong> enviaram às Suas Majestades Cristianíssima, eCatólica, <strong>do</strong>is fidalgos para saber suas vontades tocantes a qu<strong>em</strong> deve ficar nestas terras <strong>do</strong>Maranhão.It<strong>em</strong> — Durante o t<strong>em</strong>po <strong>que</strong> os ditos mensageiros tardar<strong>em</strong> <strong>em</strong> tornar da Europa e trazer deSuas Majestades o acor<strong>do</strong>, e ord<strong>em</strong> <strong>do</strong> <strong>que</strong> <strong>se</strong> deve <strong>se</strong>guir, nenhum português passará a ilha, n<strong>em</strong>francês a terra firme de leste s<strong>em</strong> passaporte <strong>do</strong>s <strong>se</strong>nhores generais, exceto eles e <strong>se</strong>us cria<strong>do</strong>ssomente, <strong>que</strong> puderam ir, e vir aos fortes da ilha, e terra firme todas as vezes <strong>que</strong> lhes parecer.It<strong>em</strong> — Que os portugue<strong>se</strong>s não trataram coisa alguma com os índios <strong>do</strong> Maranhão, a qualnão <strong>se</strong>ja tratada pelos línguas <strong>do</strong> <strong>se</strong>nhor Reverdière, e n<strong>em</strong> eles con<strong>se</strong>ntiram pôr os pés <strong>em</strong> terra amenos de duas léguas de suas fortalezas, n<strong>em</strong> de <strong>se</strong>us portos, s<strong>em</strong> permissão <strong>do</strong> dito <strong>se</strong>nhor.It<strong>em</strong> — Que tanto <strong>que</strong> o reca<strong>do</strong> vier de Suas Majestades, a nação <strong>que</strong> <strong>se</strong> mandar ir <strong>se</strong>aprestará dentro de três me<strong>se</strong>s para deixar ao outro a terra.It<strong>em</strong> — Se acorda <strong>que</strong> os prisioneiros, <strong>que</strong> foram toma<strong>do</strong>s de uma parte, e da outra, assimcristãos como gentios, fiqu<strong>em</strong> livres, e s<strong>em</strong> alguma lesão; mas <strong>se</strong> alguns deles por algum t<strong>em</strong>poqui<strong>se</strong>r<strong>em</strong> ficar na parte <strong>que</strong> <strong>se</strong> acham, lhes <strong>se</strong>rá permiti<strong>do</strong>.It<strong>em</strong> — Que o <strong>se</strong>nhor de Reverdière deixara o mar livre aos <strong>se</strong>nhores Albu<strong>que</strong>r<strong>que</strong> eCampos, para <strong>que</strong> possam nos <strong>se</strong>us navios fazer vir todas as sortes de vitualhas, <strong>que</strong> houver<strong>em</strong>mister, com toda a <strong>se</strong>guridade, e <strong>se</strong> suceder <strong>que</strong> lhes venha socorro de gente de guerra, n<strong>em</strong> por issohaverá alteração alguma enquanto durar o t<strong>em</strong>po da paz, da maneira <strong>que</strong> está as<strong>se</strong>nta<strong>do</strong>.It<strong>em</strong> — Que nenhum acidente <strong>em</strong> controvérsia <strong>do</strong> <strong>que</strong> está as<strong>se</strong>nta<strong>do</strong> por estes <strong>se</strong>nhores terácapacidade de fazer romper este contrato de paz, a causa das grandes alianças, <strong>que</strong> hoje há entreSuas Majestades, e o prejuízo <strong>que</strong> pode vir <strong>em</strong> alterar-<strong>se</strong>; e <strong>se</strong> suceder algum caso de agravo entreos cristãos ou gentios de uma e outra parte, a nação agravada fará a sua <strong>que</strong>ixa ao <strong>se</strong>u general paralhe dar r<strong>em</strong>édio, e quanto a outras coisas de menos importância os ditos <strong>se</strong>nhores não as

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!