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história do brasil frei vicente do salvador livro primeiro em que se ...

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160Na capitania de Nápoles, capitão o marquês de Cropani, mestre de campo general da<strong>em</strong>presa. Na almeiranta o marquês de Torrecusa, mestre de campo <strong>do</strong> Terço de Nápoles. Nacapitania de Biscaia, general Valezilha. Na almeiranta <strong>se</strong>u irmão. Na capitania de Quatro Vilasgeneral d. Francisco de Azeve<strong>do</strong>. No galeão Santa Anna, <strong>que</strong> era também desta esquadra de QuatroVilas, capitão d. Francisco de Andruca (?); e neste vinha o mestre de campo <strong>do</strong> Terço da ArmadaReal de Orelhana, <strong>em</strong> outro d. Pedro Osório, mestre de campo <strong>do</strong> Terço <strong>do</strong> Estreito, e <strong>em</strong> outros detodas as esquadras outros capitães, sargentos, e oficiais de guerra, a <strong>que</strong> não <strong>se</strong>i os nomes, mas nostrata<strong>do</strong>s particulares, <strong>que</strong> <strong>se</strong> imprimiram da jornada, <strong>se</strong> poderão ver, e neste nos capítulos <strong>se</strong>guintes<strong>se</strong> verão as obras, das quais, mais <strong>que</strong> <strong>do</strong>s nomes, <strong>se</strong> colige a verdadeira nobreza.Juntas pois estas armadas no Cabo Verde, e feitas suas salvas militares, e cortesãoscumprimentos, <strong>se</strong> partiram daí <strong>em</strong> 11 de fevereiro de 1625 <strong>em</strong> dia de entru<strong>do</strong> para esta Bahia, à qualchegaram <strong>em</strong> 29 de março, véspera de Páscoa, a salvamento, somente <strong>se</strong> perdeu a nau Caridade, de<strong>que</strong> era capitão Lançarote de Franca, <strong>em</strong> os recifes da Paraíba, mas acudiu-lhe logo <strong>se</strong>u tio Afonsode Franca, <strong>que</strong> era capitão-mor da Paraíba, com barcos e marinheiros, e quatro caravelões, qu<strong>em</strong>an<strong>do</strong>u o governa<strong>do</strong>r de Pernambuco, com <strong>que</strong> salvaram não só a gente toda, exceto <strong>do</strong>is homens,<strong>que</strong> aceleradamente <strong>se</strong> haviam lança<strong>do</strong> ao mar, mas depois o casco da nau com to<strong>do</strong> o massame,armas, artilharia, munições, e o capitão Lançarote de Franca, deixan<strong>do</strong> a nau, para <strong>que</strong> amastreass<strong>em</strong>, por<strong>que</strong> lhe haviam corta<strong>do</strong> os mastros, <strong>se</strong> foi com os <strong>se</strong>us solda<strong>do</strong>s a Pernambuco, edaí <strong>em</strong> <strong>se</strong>te caravelões, <strong>que</strong> o governa<strong>do</strong>r lhes deu, a Bahia, onde chegou no mesmo dia <strong>que</strong> aarmada.CAPÍTULO TRIGÉSIMO SÉTIMODe como Salva<strong>do</strong>r Correa, <strong>do</strong> Rio de Janeiro, e Jerônimo Cavalcanti, de Pernambuco vieram <strong>em</strong> socorro à Bahia, e o<strong>que</strong> lhes aconteceu com os holande<strong>se</strong>s no caminhoNo capítulo vigésimo oitavo deste <strong>livro</strong> diss<strong>em</strong>os como depois da Bahia tomada pelosholande<strong>se</strong>s foi o <strong>se</strong>u almirante Pedro Peres com cinco naus de força, e <strong>do</strong>is patachos, para Angola; ofim, e intento, <strong>que</strong> os levou foi para a tomar<strong>em</strong>, e dela poder<strong>em</strong> trazer negros para os engenhos, parao qual diziam <strong>que</strong> <strong>se</strong> haviam contrata<strong>do</strong> com el-rei de Congo, e na barra de Luanda andavam jáoutras naus suas, e tinham <strong>que</strong>ima<strong>do</strong>s alguns navios portugue<strong>se</strong>s, e feitas outras presas <strong>em</strong> t<strong>em</strong>po<strong>que</strong> o bispo governava pela fugida <strong>do</strong> governa<strong>do</strong>r João Correa de Souza, porém como lhe sucedeuno governo Fernão de Souza, e teve disto notícia, <strong>se</strong> aprestou, e fortificou de mo<strong>do</strong> <strong>que</strong> quan<strong>do</strong> osholande<strong>se</strong>s chegaram não puderam con<strong>se</strong>guir o <strong>se</strong>u intento, n<strong>em</strong> fazer mais dano <strong>que</strong> tomar umanau de Sevilha, <strong>que</strong> ia entran<strong>do</strong>, e <strong>do</strong>is navios pe<strong>que</strong>nos, e assim <strong>se</strong> tornaram à costa <strong>do</strong> Brasil, eentraram no rio <strong>do</strong> Espírito Santo a 10 de março de 1625, onde havia poucos dias era chega<strong>do</strong>Salva<strong>do</strong>r Correa de Sá e Benevides com 250 homens brancos e índios <strong>em</strong> quatro canoas e umacaravela, <strong>que</strong> <strong>se</strong>u pai Martim de Sá, governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Rio de Janeiro, mandava <strong>em</strong> socorro da Bahia, oqual aju<strong>do</strong>u a Francisco de Aguiar Coutinho, governa<strong>do</strong>r e <strong>se</strong>nhor da<strong>que</strong>la terra <strong>do</strong> Espírito Santo, atrincheirar a vila, pon<strong>do</strong> nas trincheiras quatro ro<strong>que</strong>iras, <strong>que</strong> na terra havia, e des<strong>em</strong>barcan<strong>do</strong> osholande<strong>se</strong>s lhes tiraram com uma delas, e lhes mataram um hom<strong>em</strong>; e depois de entra<strong>do</strong>s na vila lhesaíram os nossos por todas as partes, com grande urro <strong>do</strong> gentio, e lhes mataram 35, e cativaram<strong>do</strong>is, <strong>se</strong>n<strong>do</strong> o <strong>primeiro</strong> <strong>que</strong> r<strong>em</strong>eteu à espada com um capitão, <strong>que</strong> ia diante, Francisco de AguiarCoutinho, dizen<strong>do</strong>-lhe «Se vós sois capitão conhecei-me, <strong>que</strong> também eu o sou,» e com isto lhe deuuma grande cutilada, com <strong>que</strong> o derribou <strong>em</strong> terra; também o guardião da casa <strong>do</strong> nosso padre S.Francisco <strong>frei</strong> Manuel <strong>do</strong> Espírito Santo, <strong>que</strong> andava com os <strong>se</strong>us religiosos animan<strong>do</strong> os nossosportugue<strong>se</strong>s, ven<strong>do</strong> já os inimigos junto às trincheiras, <strong>se</strong> assomou por cima delas com um crucifixo

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