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história do brasil frei vicente do salvador livro primeiro em que se ...

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154socorro da Bahia; eram os capitães Francisco Gomes de Mello, e Pero Cadena, um e outro b<strong>em</strong>vistos na costa <strong>do</strong> Brasil.Traziam de socorro o <strong>que</strong> <strong>em</strong> tão poucos navios podia <strong>se</strong>r, 120 homens de guerra, 50quintais de pólvora, 1.100 pelouros de ferro de toda a sorte, 20 quintais de chumbo <strong>em</strong> pão, 1.300arcabuzes de Biscaia aparelha<strong>do</strong>s, 14 quintais de chumbo <strong>em</strong> pelouros, duzentas lanças e pi<strong>que</strong>s decampo, quatro arrobas de morrão.Chegou Francisco Gomes de Mello a Pernambuco nos últimos de <strong>se</strong>t<strong>em</strong>bro, onde foirecebi<strong>do</strong> com extraordinário alvoroço, e repi<strong>que</strong>s da vila, saben<strong>do</strong> por ele ficar<strong>em</strong> ferven<strong>do</strong>Portugal, e Castela <strong>em</strong> socorro <strong>do</strong> Brasil. O capitão Cadena chegou mais tarde, por dar de caminhoaviso na ilha da Madeira.Mandaram também os <strong>se</strong>nhores governa<strong>do</strong>res <strong>em</strong> 19 de agosto da dita era Salva<strong>do</strong>r Corrêa eSá de Benevides no navio Nossa Senhora da Penha de França com oitenta homens, arma<strong>do</strong>s com<strong>se</strong>us arcabuzes de Biscaia, 14 quintais de pólvora, oito de chumbo, e <strong>do</strong>is de morrão, ao Rio deJaneiro, <strong>em</strong> <strong>que</strong> <strong>se</strong>u pai Martim de Sá estava atualmente governan<strong>do</strong>. E à Bahia mandaram porcapitão-mor d. Francisco de Moura, <strong>que</strong> já havia si<strong>do</strong> governa<strong>do</strong>r de Cabo Verde, com 150 homensde guerra, 300 arcabuzes aparelha<strong>do</strong>s, 50 quintais de pólvora, 10 de morrão, 29 de chumbo <strong>em</strong> pão,150 formas de fazer pelouros.Com este socorro chegou d. Francisco de Moura a Pernambuco, pátria sua, <strong>em</strong> trêscaravelas, das quais ele capitaneava a sua, e as outras duas Jerônimo Serrão, e Francisco Pereira deVargas, aos quais <strong>se</strong> ajuntaram <strong>em</strong> Pernambuco Manuel de Souza de Sá, capitão-mor <strong>do</strong> Pará, eFeliciano Coelho de Carvalho, filho <strong>do</strong> governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Maranhão, <strong>que</strong> <strong>se</strong> ofereceram para osacompanhar<strong>em</strong>, e o governa<strong>do</strong>r Mathias de Albu<strong>que</strong>r<strong>que</strong> lhes deu <strong>se</strong>is caravelões, e 80 mil cruza<strong>do</strong>smais de novos provimentos, e nos caravelões <strong>se</strong> meteu to<strong>do</strong> o socorro, <strong>que</strong> vinha nas caravelas, o<strong>que</strong> tu<strong>do</strong> <strong>se</strong> fez dentro de oito dias, no fim <strong>do</strong>s quais <strong>se</strong> partiram <strong>do</strong> Recife, e foram des<strong>em</strong>barcar àtorre de Francisco Dias de Ávila, <strong>do</strong>nde <strong>se</strong> vieram por terra ao arraial, e <strong>em</strong> chegan<strong>do</strong> a ele aos 3 dedez<strong>em</strong>bro de 1624 lhe fizeram salva de <strong>se</strong>is peças de artilharia, o <strong>que</strong> aos holande<strong>se</strong>s na cidade deu<strong>que</strong> entender, por<strong>que</strong> até a<strong>que</strong>le t<strong>em</strong>po não tinham dali ouvi<strong>do</strong> outras, e assim de<strong>se</strong>javam muitosaber o <strong>que</strong> era, e colher alguém <strong>que</strong> lho dis<strong>se</strong>s<strong>se</strong>, para o <strong>que</strong> fizeram uma saída a S. Bento, onde <strong>se</strong>encontraram com o capitão Lourenço de Brito <strong>em</strong> uma <strong>em</strong>boscada, e lhe mataram o sargento, eprenderam outro hom<strong>em</strong> muito malferi<strong>do</strong>, <strong>do</strong> qual souberam <strong>se</strong>r d. Francisco de Moura, capitãomor,<strong>que</strong> sucedera a Francisco Nunes Marinho, e este ao bispo, <strong>que</strong> era morto, das quais coisasnenhuma até então sabiam <strong>se</strong>não por dito <strong>do</strong>s negros, a <strong>que</strong> não davam crédito.Outra saída fizeram ao Carmo, a qual não lhes sucedeu tanto a <strong>se</strong>u gosto por <strong>se</strong>r a t<strong>em</strong>po <strong>que</strong>d. Francisco mandava o arquiteto Francisco de Frias reconhecer a<strong>que</strong>le sítio, e como nele <strong>se</strong>pudess<strong>em</strong> os nossos fortificar, e iam <strong>em</strong> <strong>se</strong>u resguar<strong>do</strong> o capitão Manuel Gonçalves, Gabriel daCosta, e os mais, <strong>que</strong> da<strong>que</strong>la parte militavam, os quais pelejaram com tanto esforço neste encontro,e lhes mataram, e feriram tantos com morte de um só <strong>do</strong>s nossos, <strong>que</strong> o arquiteto foi dizer a d.Francisco <strong>que</strong> para tão valentes, e animosos solda<strong>do</strong>s não havia mister fazer fortificações artificiais,pois s<strong>em</strong> elas r<strong>em</strong>etiam aos inimigos como leões. Ia-lhes também faltan<strong>do</strong> já o conduto da carne, epesca<strong>do</strong>, e por lhes dizer<strong>em</strong> <strong>que</strong> na ilha de Itaparica, três léguas da cidade, havia muitos currais devacas, e boas pescarias, determinaram <strong>se</strong>nhorear-<strong>se</strong> dela, e para este efeito <strong>se</strong> <strong>em</strong>barcaram <strong>em</strong> duasnaus, e algumas lanchas 400 solda<strong>do</strong>s com o capitão Quife, e o capitão Francisco, e in<strong>do</strong> já nosbatéis para des<strong>em</strong>barcar na ilha no engenho de Sebastião Pacheco, estava Paulo Coelho, capitão dailha, detrás de uma cava ou bar<strong>do</strong> da bagaceira da cana, com outros portugue<strong>se</strong>s, <strong>do</strong>nde àsarcabuzadas lhe feriram alguns, e impediram <strong>que</strong> não des<strong>em</strong>barcass<strong>em</strong>. E por<strong>que</strong> <strong>em</strong> to<strong>do</strong>s os mai<strong>se</strong>ngenhos houves<strong>se</strong> a mesma resistência, man<strong>do</strong>u d. Francisco de Moura por Manuel de Souza Deçaver as fortificações, <strong>que</strong> tinham, e <strong>que</strong> onde não as houves<strong>se</strong> <strong>se</strong> fizess<strong>em</strong>, o <strong>que</strong> fez com grande

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