28Romeiro, o qual des<strong>em</strong>barcan<strong>do</strong> no dito morro, começou ali a povoar, e por <strong>se</strong> não contentar <strong>do</strong>sítio, <strong>se</strong> passou para onde esta a vila <strong>do</strong>s Ilhéus, <strong>que</strong> assim <strong>se</strong> chama pelos <strong>que</strong> têm defronte dabarra, e vin<strong>do</strong> as<strong>se</strong>ntar pazes com o gentio Tupiniquim foi com a capitania <strong>em</strong> grande crescimento,e neste esta<strong>do</strong> a vendeu o <strong>do</strong>natário com licença de Sua Majestade a Lucas Giraldes, <strong>que</strong> nela meteugrande cabedal, com <strong>que</strong> veio a ter oito engenhos, ainda <strong>que</strong> os feitores (como costumam fazer noBrasil) lhe davam <strong>em</strong> conta a despesa por receita, mandan<strong>do</strong>-lhe mui pouco ou nenhum açúcar: pelo<strong>que</strong> ele escreveu a um florentino chama<strong>do</strong> Thomaz, <strong>que</strong> lhe pagava com cartas de muita eloqüência,Thomazo, quiere <strong>que</strong> te diga, manda la asucre deixa la parolle, e assinou-<strong>se</strong>, s<strong>em</strong> escrever maisletra.Mas não foi este o mal desta capitania, <strong>se</strong>não a praga <strong>do</strong>s <strong>se</strong>lvagens Aimorés, <strong>que</strong> com <strong>se</strong>usassaltos cruéis, fizeram despovoar os engenhos, e <strong>se</strong> hoje estão já de paz, ficaram os homens tãodesbarata<strong>do</strong>s de escravos, e mais fábrica, <strong>que</strong> <strong>se</strong> contentam com plantar mantimento para comer.Porém no rio <strong>do</strong> Camamu, e nas ilhas de Tinharé e Boepeba, <strong>que</strong> são da mesma capitania, eestão mais perto da Bahia, há alguns bons engenhos e fazendas, e no rio de Taipé, <strong>que</strong> dista só duasléguas <strong>do</strong>s Ilhéus, t<strong>em</strong> Bartolomeu Luiz de Espinha um engenho, e junto dele esta uma lagoa deágua <strong>do</strong>ce, onde há muito e bom peixe <strong>do</strong> mar, e peixes-bois, e um pomar formoso de marmelos,figos e uvas, e frutas de espinhos.CAPÍTULO SÉTIMODa capitania da BahiaToma esta capitania o nome da Bahia por ter uma tão grande, <strong>que</strong> por antonomásia eexcelência <strong>se</strong> levanta com o nome comum, e aproprian<strong>do</strong>-o a si <strong>se</strong> chama a Bahia, e com razão,por<strong>que</strong> t<strong>em</strong> maior recôncavo, mais ilhas, e rios dentro de si, <strong>que</strong> quantas são descobertas no mun<strong>do</strong>,tanto <strong>que</strong> ten<strong>do</strong> hoje 50 engenhos de açúcar, e para cada engenho mais de dez lavra<strong>do</strong>res de canas,de <strong>que</strong> <strong>se</strong> faz o açúcar, to<strong>do</strong>s têm <strong>se</strong>us esteiros, e portos particulares; n<strong>em</strong> há terra <strong>que</strong> tenha tantoscaminhos, por onde <strong>se</strong> navega.As ilhas <strong>que</strong> dentro de si t<strong>em</strong>, entre grandes e pe<strong>que</strong>nas, são 32, só t<strong>em</strong> um <strong>se</strong>não, <strong>que</strong> é não<strong>se</strong> poder defender a entrada <strong>do</strong>s corsários, por<strong>que</strong> t<strong>em</strong> duas bocas, ou barras, uma dentro da outra, aprimeira a leste da ponta <strong>do</strong> padrão da Bahia, ou morro de S. Paulo, <strong>que</strong> é de 12 léguas, a <strong>se</strong>gunda,<strong>que</strong> é a interior ao sul da dita barra, ou ponta <strong>do</strong> Padrão, a ilha de Itaparica, <strong>que</strong> é boca de trêsléguas.Está esta Bahia <strong>em</strong> 13º, e um terço e t<strong>em</strong> <strong>em</strong> <strong>se</strong>u circuito a melhor terra <strong>do</strong> Brasil; por<strong>que</strong>não t<strong>em</strong> tantas áreas como as da banda <strong>do</strong> norte, n<strong>em</strong> tantas penedias como as <strong>do</strong> sul, pelo <strong>que</strong> osíndios velhos comparam o Brasil a uma pomba, cujo peito é a Bahia, e as asas as outras capitanias,por<strong>que</strong> diz<strong>em</strong> <strong>que</strong> na Bahia está a polpa da terra, e assim da o melhor açúcar <strong>que</strong> há nestas partes.Também é tradição antiga entre eles, <strong>que</strong> veio o b<strong>em</strong>-aventura<strong>do</strong> Apóstolo São Tomé a estaBahia, e lhes deu a planta da mandioca, e das bananas de São Tomé, de <strong>que</strong> t<strong>em</strong>os trata<strong>do</strong> no<strong>primeiro</strong> <strong>livro</strong>; e eles <strong>em</strong> paga deste benefício, e de lhes ensinar <strong>que</strong> a<strong>do</strong>rass<strong>em</strong> e <strong>se</strong>rviss<strong>em</strong> a Deus,e não ao D<strong>em</strong>ônio, <strong>que</strong> não tivess<strong>em</strong> mais de uma mulher, n<strong>em</strong> comess<strong>em</strong> carne humana, oqui<strong>se</strong>ram matar e comer, <strong>se</strong>guin<strong>do</strong>-o efeito até uma praia, <strong>do</strong>nde o santo <strong>se</strong> passou de uma passada àilha de Maré, distância de meia légua, e daí não sab<strong>em</strong> por onde, devia de <strong>se</strong>r in<strong>do</strong> para a Índia, <strong>que</strong>qu<strong>em</strong> tais passadas dava b<strong>em</strong> podia correr todas estas terras, e qu<strong>em</strong> as havia de correr tambémconvinha <strong>que</strong> des<strong>se</strong> tais passadas.Mas como estes gentios não us<strong>em</strong> de escrituras, não há disto mais outra prova, ou indícios,<strong>que</strong> achar-<strong>se</strong> uma pegada impressa <strong>em</strong> uma pedra na<strong>que</strong>la praia, <strong>que</strong> diziam ficara <strong>do</strong> santo quan<strong>do</strong>
29<strong>se</strong> passou à ilha, onde <strong>em</strong> m<strong>em</strong>ória fizeram os portugue<strong>se</strong>s no alto uma ermida <strong>do</strong> título, einvocação de São Tomé.Pela banda <strong>do</strong> norte parte esta capitania com a de Pernambuco, pelo rio de São Francisco, oqual era merece<strong>do</strong>r de <strong>se</strong> escrever não só <strong>em</strong> bom capítulo particular, <strong>se</strong>não <strong>em</strong> muitos, pelas muita<strong>se</strong> grandes coisas, <strong>que</strong> dele <strong>se</strong> diz<strong>em</strong>, mas contento-me com passá-las <strong>em</strong> suma, ou a vulto, como heipassa<strong>do</strong> outras, por<strong>que</strong> estão todas as <strong>do</strong> Brasil tão desacreditadas, <strong>que</strong> não <strong>se</strong>i <strong>se</strong> ainda assim o<strong>que</strong>rerão ler.Está este rio <strong>em</strong> altura de 10º, e uma quarta, na boca da barra t<strong>em</strong> duas léguas de largo, entraa maré por ele outras duas somente, e daí para cima é água <strong>do</strong>ce, <strong>do</strong>nde há tão grandes pescarias,<strong>que</strong> <strong>em</strong> quatro dias carregam de peixe quantos caravelões lá vão, e <strong>se</strong> <strong>que</strong>r<strong>em</strong> navegam por ele até20 léguas, ainda <strong>que</strong> <strong>se</strong>jam de 50 toneladas de porte.No inverno, nau traz tanta água, n<strong>em</strong> corre tanto como no verão, e no cabo das ditas 20léguas, faz uma cachoeira, por onde a água <strong>se</strong> despenha, e impede a navegação; porém daí pordiante <strong>se</strong> pode navegar <strong>em</strong> barcos, <strong>que</strong> lá <strong>se</strong> armar<strong>em</strong>, até um sumi<strong>do</strong>uro, onde este rio v<strong>em</strong> 10 ou12 léguas por baixo da terra, e também é navegável daí para cima 80 ou 90 léguas, poden<strong>do</strong> navegarbarcos, ainda mui grandes, pela quietação com <strong>que</strong> corre o rio, qua<strong>se</strong> s<strong>em</strong> <strong>se</strong>ntir-<strong>se</strong>, e os índiosAnaupirás navegam por ele <strong>em</strong> canoas.É gentio este <strong>que</strong> ainda não foi trata<strong>do</strong>, e diz<strong>em</strong> <strong>que</strong> <strong>se</strong> ataviam com algumas peças de ouro;pelo <strong>que</strong> Duarte Coelho de Albu<strong>que</strong>r<strong>que</strong>, <strong>se</strong>nhor <strong>que</strong> foi de Pernambuco, tratou no reino destaconquista, mas nunca <strong>se</strong> fez, n<strong>em</strong> o rio <strong>se</strong> povoou até agora mais <strong>que</strong> de alguns currais de ga<strong>do</strong> eroças de farinha ao longo <strong>do</strong> mar, <strong>se</strong>n<strong>do</strong> assim <strong>que</strong> é capaz de boas povoações, por<strong>que</strong> t<strong>em</strong> muitopau-<strong>brasil</strong> e terras para engenhos.Não trato <strong>do</strong> rio de Sergipe, <strong>do</strong> rio Real e outros, <strong>que</strong> ficam nos limites desta capitania daBahia, por não <strong>se</strong>r prolixo, e também por<strong>que</strong> adiante pode <strong>se</strong>r tenham lugar.Desta capitania da Bahia fez mercê el-rei d. João Terceiro a Francisco Pereira Coutinho,fidalgo mui honra<strong>do</strong>, de grande fama e cavalarias na Índia, o qual veio <strong>em</strong> pessoa com uma grandearmada à sua custa no ano <strong>do</strong> nascimento <strong>do</strong> Senhor de 1535, e des<strong>em</strong>barcan<strong>do</strong> da ponta <strong>do</strong> Padrãoda Bahia para dentro <strong>se</strong> fortificou; onde agora chamam a Vila Velha, esteve de paz alguns anos comos gentios, e começou <strong>do</strong>is engenhos levantan<strong>do</strong>-<strong>se</strong> eles depois, lhos <strong>que</strong>imaram, e lhe fizeramguerra por espaço de <strong>se</strong>te ou oito anos, de maneira <strong>que</strong> lhe foi força<strong>do</strong>, e aos <strong>que</strong> com ele estavam,<strong>em</strong>barcar<strong>em</strong>-<strong>se</strong> <strong>em</strong> caravelões, e acolher<strong>em</strong>-<strong>se</strong> à capitania <strong>do</strong>s Ilhéus, onde o mesmo gentio,obriga<strong>do</strong> da falta <strong>do</strong> resgate <strong>que</strong> com eles faziam, <strong>se</strong> foram ter com eles as<strong>se</strong>ntan<strong>do</strong> pazes, epedin<strong>do</strong>-lhes <strong>que</strong> <strong>se</strong> tornass<strong>em</strong>, como logo fizeram com muita alegria; porém levantan<strong>do</strong>-<strong>se</strong> umatormenta deram à costa dentro na Bahia na ilha Itaparica, onde o mesmo gentio os matou, e comeu ato<strong>do</strong>s, exceto um Diogo Alvares, por alcunha posta pelos índios o Caramuru, por<strong>que</strong> lhe sabia falara língua, e não <strong>se</strong>i <strong>se</strong> ainda isto bastaria pelo <strong>que</strong> são carniceiros, e ficaram encarniça<strong>do</strong>s noscompanheiros, <strong>se</strong> dele não <strong>se</strong> namorara a filha de um índio principal, <strong>que</strong> tomou a <strong>se</strong>u cargo odefendê-lo, e desta maneira acabou Francisco Pereira Coutinho com to<strong>do</strong> o <strong>se</strong>u valor, e esforço, e asua capitania com ele.CAPÍTULO OITAVODa capitania de Pernambuco, <strong>que</strong> el-rei <strong>do</strong>ou a Duarte CoelhoAs 50 léguas de terra desta capitania <strong>se</strong> contêm <strong>do</strong> rio de São Francisco, de <strong>que</strong> tratei nocapítulo próximo passa<strong>do</strong>, até o rio de Iguaraçu, de <strong>que</strong> tratei no capítulo <strong>se</strong>gun<strong>do</strong> deste <strong>livro</strong>, e
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