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história do brasil frei vicente do salvador livro primeiro em que se ...

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75duas, <strong>que</strong> ali achou, passou ao Rio de Janeiro, onde topou a d. Diogo de Alzeda, <strong>que</strong> por manda<strong>do</strong>de el-rei com quatro naus o ia socorrer com batimentos, e outras coisas, e parecen<strong>do</strong> a Diogo Flores<strong>que</strong> a armada estava desfeita, s<strong>em</strong> gente, e s<strong>em</strong> munições, determinou de tornar à Espanha com d.Diogo de Alzeda, e <strong>que</strong> o <strong>se</strong>u almirante Diogo da Ribeira, com cinco navios, <strong>que</strong> lhe deixou, ficas<strong>se</strong>ali para tornar o verão <strong>se</strong>guinte, a ver <strong>se</strong> teria mais ventura de <strong>em</strong>bocar o estreito, e povoá-lo, comoel-rei mandava.Navegan<strong>do</strong> Diogo Flores com os mais navios, <strong>que</strong> já não eram mais de <strong>se</strong>te, arribou comuma tormenta, <strong>que</strong> o fez tornar 200 léguas atrás, a esta baía de To<strong>do</strong>s os Santos, no princípio <strong>do</strong> mêsde junho de 1583, onde <strong>se</strong> deteve a concertá-los, para o <strong>que</strong> da fazenda de el-rei <strong>se</strong> lhe deu o <strong>que</strong> foinecessário; e <strong>se</strong> man<strong>do</strong>u fornecimento ao Rio de Janeiro para o almirante Diogo da Ribeira <strong>se</strong>guir asua viag<strong>em</strong> ao estreito, e o governa<strong>do</strong>r Manuel Teles Barreto o ban<strong>que</strong>teou, e a to<strong>do</strong>s os capitães egentis-homens um dia esplendidamente, e o bispo d. Antônio Barreiros outro; mas o <strong>que</strong> mais feznesta matéria foi um cidadão <strong>se</strong>nhor de engenho, chama<strong>do</strong> Sebastião de Faria., o qual lhe largou assuas casas com to<strong>do</strong> o <strong>se</strong>rviço, e o ban<strong>que</strong>teou, e aos <strong>se</strong>us familiares e apanigua<strong>do</strong>s oito me<strong>se</strong>s, <strong>que</strong>aqui estiveram, só por <strong>se</strong>rvir a el-rei, s<strong>em</strong> por isso receber mercê alguma, por<strong>que</strong> <strong>se</strong>rviços <strong>do</strong> Brasilraramente <strong>se</strong> pagam.CAPÍTULO TERCEIRODo socorro, <strong>que</strong> da Paraíba <strong>se</strong> man<strong>do</strong>u pedir ao governa<strong>do</strong>r Manuel Teles, e o as<strong>se</strong>nto<strong>que</strong> sobre isso <strong>se</strong> tomouNo capítulo vinte e cinco <strong>do</strong> <strong>livro</strong> terceiro tocamos como o governa<strong>do</strong>r Lourenço da Veigadesistira da conquista da Paraíba, por el-rei d. Henri<strong>que</strong>, <strong>que</strong> na<strong>que</strong>le t<strong>em</strong>po governava, a encarregara Frutuoso Barbosa, <strong>que</strong> lha pediu.Havia este hom<strong>em</strong> i<strong>do</strong> de Pernambuco, e por haver na Paraíba carrega<strong>do</strong>s navios de pau poralgumas vezes, no t<strong>em</strong>po das pazes, <strong>que</strong> lhe os Potiguares fizeram, e por ter conhecimento da terra,e deles, o encarregou el-rei da conquista por contrato <strong>que</strong> fez <strong>em</strong> sua fazenda, dan<strong>do</strong>-lhe para isso asprovisões necessárias, naus, e mantimentos, e conquistan<strong>do</strong> a Paraíba, a capitania por 10 anoschegou Frutuoso Barbosa à barra de Pernambuco no ano de mil quinhentos <strong>se</strong>tenta e nove <strong>em</strong> umformoso galeão, e uma zabra, e outros navios, com muita gente portuguesa, assim solda<strong>do</strong>s comopovoa<strong>do</strong>res casa<strong>do</strong>s, com muitos resgates, munições, e petrechos necessários, assim a conquistacomo a povoação, <strong>que</strong> logo havia de fazer; para a qual trazia um vigário, a qu<strong>em</strong> el-rei davaquatrocentos cruza<strong>do</strong>s de ordena<strong>do</strong>, e religiosos da nossa Seráfica Ord<strong>em</strong> Franciscana, e de S.Bento, com toda a ord<strong>em</strong> e reca<strong>do</strong> necessário à <strong>em</strong>presa, <strong>que</strong> a fazenda de el-rei devia de custarmuito, e <strong>em</strong> <strong>se</strong>te ou oito dias, <strong>que</strong> esteve na barra surto s<strong>em</strong> des<strong>em</strong>barcar, n<strong>em</strong> tratar <strong>do</strong> negócio a<strong>que</strong> vinha, lhe deu um t<strong>em</strong>po com <strong>que</strong> arribou às Índias, onde lhe morreu a mulher, e tornan<strong>do</strong> daliao reino partiu dele no ano de mil quinhentos e oitenta e <strong>do</strong>is, por manda<strong>do</strong> de el-rei d. Filipe, etornan<strong>do</strong> a Pernambuco <strong>se</strong> concertou com os da vila de Olinda <strong>que</strong> o licencia<strong>do</strong> Simão RodriguesCar<strong>do</strong>so, capitão-mor e ouvi<strong>do</strong>r de Pernambuco, fos<strong>se</strong> por terra com gente, e ele com a <strong>que</strong> trazia, eoutra muita <strong>que</strong> da capitania por <strong>se</strong>rviço de el-rei <strong>se</strong> lhe ajuntou, por mar, o qual chegan<strong>do</strong> a boca dabarra da Paraíba com a armada <strong>que</strong> trouxe, e alguns caravelões, entrou pelo rio acima, por ter avisode <strong>se</strong>te ou oito naus francesas, <strong>que</strong> lá estavam surtas b<strong>em</strong> descuidadas, e varadas <strong>em</strong> terra, e a maiorparte da gente nela, e os índios meti<strong>do</strong>s pelo <strong>se</strong>rtão a fazer pau para carregá-las, e dan<strong>do</strong> de súbitosobre elas <strong>que</strong>imou cinco, esbulhan<strong>do</strong>-as <strong>primeiro</strong>, <strong>que</strong> foi um honra<strong>do</strong> feito, e as outras fugiramcom qua<strong>se</strong> toda a gente.

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