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história do brasil frei vicente do salvador livro primeiro em que se ...

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132<strong>que</strong> acharam ali muitas, das plantas <strong>que</strong> havia deixa<strong>do</strong> Manuel de Souza de Sá quan<strong>do</strong> ali esteve, eJerônimo de Albu<strong>que</strong>r<strong>que</strong> quan<strong>do</strong> passou; e depois de tomar língua com os nossos índios, e maisquatro, <strong>que</strong> <strong>se</strong> ofereceram <strong>do</strong> Diabo Grande para a viag<strong>em</strong>, a tornaram a <strong>se</strong>guir até a barra <strong>do</strong> rioApereá, onde surgiram dia de S. João Batista, e ao entrar tocou o patacho, <strong>em</strong> <strong>que</strong> ia o capitão-mor,<strong>em</strong> um, banco de areia, de <strong>que</strong> escapou milagrosamente, por<strong>que</strong> haven<strong>do</strong> só cinco palmos de água, ed<strong>em</strong>andan<strong>do</strong> o capitão 10, in<strong>do</strong> com as velas todas enfunadas o cortou, ou saltou como qu<strong>em</strong> salta afogueira de S. João, e <strong>se</strong> pôs da outra parte <strong>do</strong> banco onde era fun<strong>do</strong>: dali man<strong>do</strong>u um barco com<strong>se</strong>is homens <strong>do</strong> mar, e três solda<strong>do</strong>s, de <strong>que</strong> ia por capitão Francisco de Palhares, para <strong>que</strong> foss<strong>em</strong>dar nova a Jerônimo de Albu<strong>que</strong>r<strong>que</strong> de como ali estavam, e lhes mandas<strong>se</strong> pilotos <strong>que</strong> os levass<strong>em</strong>pelo rio adentro, ou ord<strong>em</strong> <strong>do</strong> <strong>que</strong> haviam de fazer, como logo lhes man<strong>do</strong>u <strong>do</strong>is pilotos, os quaisforam de parecer <strong>que</strong> não foss<strong>em</strong> por dentro, por causa de <strong>se</strong>r o rio de pouco vento, e muitos baixos,por con<strong>se</strong>guinte a viag<strong>em</strong> arriscada, e quan<strong>do</strong> menos detençosa, e assim tornaram a des<strong>em</strong>barcar, eforam por fora <strong>em</strong> <strong>do</strong>is dias surgir ao nosso porto da nossa fortaleza de Santa Maria véspera daVisitação da Senhora, <strong>que</strong> não foi pe<strong>que</strong>no contentamento <strong>do</strong> capitão-mor Jerônimo deAlbu<strong>que</strong>r<strong>que</strong>, e <strong>do</strong>s mais <strong>que</strong> ali estavam sofren<strong>do</strong> grandes necessidades, ven<strong>do</strong> <strong>que</strong> os visitava o<strong>se</strong>nhor na<strong>que</strong>le dia com tão grande socorro, e assim <strong>se</strong> festejou com salva de toda a artilharia earcabuzaria de parte a parte, como pelo contrário <strong>se</strong> entristeceram os france<strong>se</strong>s, entenden<strong>do</strong> <strong>que</strong>alterariam os nossos as pazes, <strong>que</strong> com eles tinham feito; e assim sucedeu, <strong>que</strong> acaba<strong>do</strong> dedescarregar os navios da fazenda, mantimentos, pólvora, e munições, <strong>que</strong> levavam, feita entrega detu<strong>do</strong> ao almoxarife, e <strong>do</strong>s solda<strong>do</strong>s ao capitão-mor, com <strong>que</strong> reformou as companhias, <strong>que</strong> tinha, efez mais duas de novo de <strong>se</strong>s<strong>se</strong>nta homens cada uma, <strong>que</strong> entregou a Jerônimo de Albu<strong>que</strong>r<strong>que</strong> deMello, <strong>se</strong>u sobrinho, e a Francisco Tavares.Logo man<strong>do</strong>u chamar o general <strong>do</strong>s france<strong>se</strong>s monsieur Raverdière, e depois de lhe fazeruma formosa mostra da sua soldadesca da praia, onde o foi receber com Francisco Caldeira até afortaleza, <strong>se</strong> recolheram to<strong>do</strong>s três para dentro, e lhe dis<strong>se</strong> o capitão-mor como Francisco Caldeirade Castelo Branco levava ord<strong>em</strong> <strong>do</strong> governa<strong>do</strong>r geral Gaspar de Souza para por armas, quan<strong>do</strong> nãoqui<strong>se</strong>s<strong>se</strong> por vontade, lhe fazer despejar o Maranhão, e as fortalezas, <strong>que</strong> tinha na ilha de S. Luiz,por<strong>que</strong> não havia con<strong>se</strong>nti<strong>do</strong> nas tréguas, n<strong>em</strong> ainda sabia delas; ao <strong>que</strong> o Raverdière respondeu <strong>que</strong>conforme o concerto <strong>que</strong> tinham feito, <strong>se</strong> devia esperar resposta de <strong>se</strong>us reis, a qu<strong>em</strong> tinham escrito,e não inovar n<strong>em</strong> alterar coisa alguma; mas contu<strong>do</strong> <strong>que</strong> iria dar conta aos <strong>se</strong>us <strong>do</strong> <strong>que</strong> <strong>se</strong> tratava, ebrev<strong>em</strong>ente responderia, o <strong>que</strong> fez daí a quatro dias, pedin<strong>do</strong> <strong>que</strong> foss<strong>em</strong> lá o capitão Caldeira, e opadre <strong>frei</strong> Manuel da Piedade, propor aos <strong>se</strong>us o <strong>que</strong> <strong>se</strong> havia trata<strong>do</strong>, e <strong>que</strong> eles levariam a últimaresolução, e resposta <strong>do</strong> negócio, os quais <strong>se</strong> <strong>em</strong>barcaram na mesma lancha francesa, <strong>que</strong> havialeva<strong>do</strong> a carta, e des<strong>em</strong>barcan<strong>do</strong> na ilha de S. Luiz <strong>se</strong> foram à fortaleza <strong>do</strong> nome <strong>do</strong> mesmo santo,onde os france<strong>se</strong>s estavam, e <strong>se</strong> detiveram lá <strong>em</strong> altercação 13 dias, da qual dilação presumin<strong>do</strong> malJerônimo de Albu<strong>que</strong>r<strong>que</strong> começava já aperceber para levar o negócio à força, e lhe fora muito fácilpor ter já to<strong>do</strong> o gentio <strong>do</strong> Maranhão inclina<strong>do</strong> ao ajudar<strong>em</strong> contra os france<strong>se</strong>s; porém eles <strong>se</strong>resolveram <strong>em</strong> largar tu<strong>do</strong> s<strong>em</strong> mais contenda, dan<strong>do</strong>-lhes <strong>em</strong>barcações, <strong>em</strong> <strong>que</strong> <strong>se</strong> foss<strong>em</strong> paraFrança, pelo <strong>que</strong> <strong>se</strong> passaram os nossos para a ilha, a um forte e cerca, <strong>que</strong> fizeram, a <strong>que</strong> pu<strong>se</strong>ram onome de S. Jo<strong>se</strong>ph, e ali os deix<strong>em</strong>os por ora, por<strong>que</strong> importa tratar de outras coisas.CAPÍTULO SEXTODe como o capitão Baltazar de Aragão saiu da Bahia com uma armada contra os france<strong>se</strong>s,e <strong>se</strong> perdeu

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