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anestesia casos clínicos

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124 - Anestesia Casos Clínicos Capítulo VII - Sistema RespiratórioCaso 1Paciente de 45 anos, classificado como estado físico I (ASA) será submetido à <strong>anestesia</strong> geral para colecistectomiavideolaparoscópica. Após o início do procedimento cirúrgico e instalação do pneumoperitônio,o paciente passou a apresentar queda da saturação periférica de oxigênio (SpO2) até 50%, com reduçãosignificativa da fração expirada de CO2 (FeCO2) e alteração significativa de parâmetros hemodinâmicos.1. Quais são os mecanismos de hipoxemia durante a <strong>anestesia</strong>?As causas de hipoxemia durante a <strong>anestesia</strong> podem ser falha mecânica do aparelho de <strong>anestesia</strong>, falha mecânicado tubo traqueal (intubação esofágica, intubação seletiva, obstrução no tubo ou ruptura de balonete),hipoventilação alveolar; redução da capacidade residual funcional (posição supina, mudança do tônus dacaixa torácica, relaxamento neuromuscular, <strong>anestesia</strong> superficial em ventilação espontânea, aumento daresistência de vias áreas, administração excessiva de fluidos intravenosos, alta concentração de oxigênioe atelectasia de absorção, posição cirúrgica, padrão ventilatório e redução do fluxo mucociliar), redução dodébito cardíaco, aumento do consumo de oxigênio, inibição da vasoconstrição pulmonar hipóxica, paralisiamuscular e shunt direito-esquerdo.2. Como deveria ser a distribuição da ventilação pulmonar nesse pacienteantes da indução anestésica?A gravidade influencia a pressão pleural e causa diferenças no volume alveolar regional, na complacênciae na ventilação. Os alvéolos nas regiões dependentes estão submetidos a pressões menosnegativas que os alvéolos localizados nas regiões não-dependentes dos pulmões. Quando as diferençasregionais de volume alveolar são diagramadas em uma curva de pressão-volume, observa-seque os alvéolos dependentes possuem uma complacência relativa maior que os alvéolos não-dependentes.Dessa forma, quando um volume corrente é administrado, a sua maior parte é preferencialmente distribuídapara os alvéolos dependentes, pois possuem expansibilidade maior por variação de unidade de pressão doque os alvéolos não-dependentes.3. Como é distribuída a perfusão pulmonar no paciente em ventilaçãoespontânea antes da indução da <strong>anestesia</strong>?A perfusão pulmonar é determinada pela relação entre a pressão alveolar (P A), a pressão da artéria pulmonar(P ap), a pressão venosa pulmonar (P vp) e a pressão intersticial pulmonar (P ins).Quatro zonas podem ser reconhecidas e são numeradas de I a IV. A zona I é caracterizada pelaquase ausência de perfusão, uma vez que a pressão alveolar é maior que a pressão arterial evenosa pulmonar (P A>P ap>P vp). Na zona II, a pressão arterial pulmonar excede a pressão alveolar(P ap>P A>P vp) e o fluxo sanguíneo pulmonar é determinado pela diferença entre essas pressões(P ap-P A). Na zona III a pressão venosa pulmonar é maior que a pressão alveolar (P ap>P vp>P A),consequentemente o fluxo é determinado pela diferença entre as pressões arterial e a venosapulmonares (P ap-P vp).Algumas situações, em que há excesso de fluido intersticial ou um volume pulmonar extremamentebaixo, podem forçar o desenvolvimento de uma zona IV. Nessa situação, ocorre a compressão e o

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