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anestesia casos clínicos

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Capítulo VIII - Anestesia em Pediatria Anestesia Casos Clínicos - 157deve conter glicose, pois nesta situação, a liberação pelo estresse de catecolaminas provoca hiperglicemia,que, se associada a líquidos com glicose, podem determinar o desenvolvimento de coma hiperglicêmico.Recomenda-se monitorização mais rígida da glicemia para crianças com menos de 20 Kg.Em crianças, particularmente nas que apresentam lesão por inalação, a reposição exclusiva com cristalóidespode promover diluição importante das proteínas plasmáticas, sendo a administração de albumina maisprecocemente indicada, neste grupo de pacientes. A dose de albumina a 5%, a ser administrada após as primeiras24 do trauma, é de 0,3, 0,4 ou 0,5 ml.Kg. -1 por % de área queimada, por 24 horas, para queimadurasde 30 a 50%, 50 a 70% ou 70 a 100% de área queimada, respectivamente.A fórmula de Parkland orienta a reposição volêmica com Ringer Lactato (RL), baseada no peso e área desuperfície corporal (ASC) queimada.Reposição nas primeiras 8 h: 2 x (Peso x ASC)Reposição nas próximas 16 h: 2 x (Peso x ASC)No caso desta criança, com 20 Kg e 30%:Reposição nas primeiras 8 h: 2 x (20 x 30) = 1200 mL de RL= 150 mL por horaReposição nas próximas 16 h: 2 x (20 x 30) = 1200 mL de RL= 75 mL por horaDurante os procedimentos cirúrgicos para tratamento das feridas, a perda de fluidos é aumentada, tanto porevaporação, quanto por extravasamento das áreas manipuladas. De acordo com o tipo de excisão da feridae do enxerto, a perda sanguínea pode variar; é maior nas excisões tangenciais do que nas fasciais, 4 ml.cm-2 e 1,5 ml.cm -2 , respectivamente.A monitorização das perdas sanguíneas e dos processos de coagulação deve ser acompanhada mais pelosdados do campo cirúrgico e dos padrões hemodinâmicos, sendo confirmados pelos testes laboratoriais,principalmente para o diagnóstico diferencial de coagulação intravascular disseminada.4. Descreva as peculiaridades da abordagem pré-anestésica destepaciente.A rotina da avaliação pré-anestésica deve ser mantida. A menos que haja indicação cirúrgica emergencial,os distúrbios hidro-eletrolíticos e ácido-base devem ser previamente corrigidos. Os exames pré-operatóriosdevem ser completos, com avaliação de eletrólitos, hematimetria, coagulação, níveis de glicemia, nitrogênio,cálcio ionizado e proteínas plasmáticas, gasimetria arterial e imagens radiológicas do sistema respiratório.Os exames físicos dos diversos sistemas devem ser individualizados. A família deve ser completamenteinformada dos riscos, sendo solicitada a assinatura do consentimento livre e esclarecido. Monitorizaçãoostensiva deve estar prevista para antes da indução anestésica, lembrando que a oximetria de pulso podenão estar confiável. Após indução anestésica, recomenda-se a obtenção de acesso venoso central paramonitorização e administração de fluidos, bem como de linha arterial.5. Descreva a abordagem farmacológica da indução e manutençãoanestésica deste paciente.O uso de agentes indutores, venosos ou inalatórios, deve ser considerado à luz da situação hemodinâmicavigente. Pacientes hipovolêmicos têm queda do volume de distribuição, aumento do compartimento central,redução do clearance, maior débito para coração e cérebro; são, portanto, mas sensíveis aos opióidese hipnóticos intra-venosos, com efeitos depressivos potencialmente perigosos sobre a função cerebral ecardio-vascular. A dose de propofol deve ser de 10 a 20% da indicada para pacientes hígidos, enquantopara o fentanil e o remifentanil a redução indicada é de 50%. O etomidato é exceção, não necessitando deajuste de doses, sendo o hipnótico de escolha nesta hora. O midazolam, tiopental e cetamina, na vigência

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