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anestesia casos clínicos

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18 - Anestesia Casos Clínicos Capítulo I - Anestesia e Sistema Nervosoguida de superficialização. O manuseio das vias aéreas durante esse período pode ser realizado coma utilização da máscara laríngea. Para sedação, alguns anestesiologistas utilizam infusão de propofolassociado a baixas doses de remifentanil (0,02 a 0,05 µg.kg -1 .min -1 ). Outra abordagem bastante aceitaé associar ao sedativo a dexmedetomedina na dose de 0,1 a 0,5 µg.kg -1 .min -1 . É importante queo posicionamento do paciente seja feito de forma que ele se sinta confortável e que a temperaturada sala seja mantida de forma que não cause hipotermia. Os momentos de maior estímulo dolorososão a passagem dos pinos para fixação da cabeça, durante a craniotomia e durante a manipulaçãoda dura-máter subtemporal. Geralmente, após a abertura da dura se faz um registro do EEG e senão for identificado nenhum foco de atividade epileptiforme, poderão ser solicitadas manobras queprovoquem tais atividades. As medicações utilizadas com maior frequência, são etomidato na dosede 0,05 a 0,1 mg.kg -1 , alfentanil 30 a 50 mg.kg -1 g ou remifentanil em bolus de 0,2 mg.kg -1 , acompanhadosde superficialização da <strong>anestesia</strong>. O anestesiologista deverá participar ativamente durante oposicionamento do paciente visando mantê-lo de forma confortável e obter fácil acesso, observaçãoe manuseio das vias aéreas durante o procedimento.5. Quais as possíveis complicações?As crises de grande mal que poderão ser induzidas demandam tratamento. Deve-se evitar hipertensãoarterial, pois uma das complicações temidas é a hemorragia intracraniana. Outro cuidado importanteé em relação ao manuseio das vias aéreas. As complicações respiratórias podem ser identificadasem 1,6% dos pacientes e incluem apnéia e obstrução respiratória grave, durante estimulação dafunção cerebral sob sedação profunda. Também, deve-se estar atento às alterações hemodinâmicascomo taquicardia, hipertensão arterial sistêmica e bradicardia, que ocorrem com uma frequência de7,1%,19% e 4,8% respectivamente .Caso 5Homem, 25 anos, previamente hígido, apresentou episódio de convulsão generalizada, seguida dehemiplegia esquerda. A investigação neurorradiológica mostrou a presença de malformação arteriovenosa(MAV) em lobo temporal direito.1. O que são malformações arteriovenosas cerebrais?São conexões vasculares anormais entre a circulação arterial e venosa. A ausência de leito capilarinterposto resulta em uma via de baixa resistência para o fluxo sanguíneo.2. Qual o padrão ouro para o diagnóstico de MAV cerebral?MAV pode apresentar-se como convulsões, hemorragia subaracnóidea ou intraparenquimatosa oudéficit neurológico focal. O padrão-ouro para o diagnóstico é a arteriografia cerebral.3. Quais os cuidados na indução e manutenção da <strong>anestesia</strong>?No manuseio anestésico de paciente portador de MAV intracraniana devem-se observar os seguintesprincípios: a) evitar picos de hipertensão arterial; b) manter o cérebro relaxado para facilitara abordagem do aneurisma; c) controlar a pressão arterial para manter a auto regulação dacirculação cerebral; d) estar preparado para manusear o fenômeno de rotura da barreira hematoencefálica.

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