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anestesia casos clínicos

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14 - Anestesia Casos Clínicos Capítulo I - Anestesia e Sistema Nervosoocorrendo entre 10 a 15% dos <strong>casos</strong>, são os secretores de ACTH, responsáveis pela doença deCushing, cujo tratamento clínico é feito com cetoconazol, que bloqueia a produção de cortisol. Osadenomas secretores do hormônio do crescimento são responsáveis pela acromegalia, que ocorrecom uma frequência de 5 a 10%, cujo tratamento clínico é feito com os análogos da somatostatina,a octreotida, que bloqueia os receptores da somatostatina. De forma menos frequente, menosde 3%, ocorrem os adenomas secretores de TSH cujas manifestações são de hipertireoidismoresultante do aumento da produção do hormônio tireotrófico, cujo tratamento clínico é feito compropiltiuracil.3. Quais os principais cuidados perioperatórios do paciente comacromegalia?A doença cardíaca é a principal causa de morbimortalidade no paciente acromegálico, sendoque 50% dos pacientes não tratados morrem antes dos 50 anos de idade devido aproblema cardiovascular. A hipertensão arterial sistêmica ocorre em 40% dos pacientes e,mesmo em pacientes não hipertensos, hipertrofia ventricular esquerda ocorre com frequênciaestimada de 50%. A ecocardiografia revela um aumento da massa ventricular esquerda,do volume sistólico, do débito cardíaco e do tempo de relaxamento isovolumétrico. Mesmona ausência de hipertrofia ventricular, a disfunção diastólica pode estar presente e ser umsinal precoce de miocardiopatia acromegálica. Embora a doença dos grandes vasos coronarianosseja rara, têm sido descritos <strong>casos</strong> de doença dos pequenos vasos e, portanto,deve-se estar atento para qualquer sintoma de angina. As alterações eletrocardiográficas,como bloqueios de ramos e alterações no segmento ST, ocorrem em 50% dos pacientesacromegálicos. O aumento dos ossos da face e das estruturas da orofaringe, como a língua,associados ao espessamento dos tecidos da faringe e da laringe, leva a um estreitamentoda abertura glótica e das pregas periepiglóticas. Associadas ou não às calcinoses da laringee a lesões do laríngeo recorrente, este conjunto de fatores contribui para a frequente ocorrênciade doenças respiratórias obstrutivas nesses pacientes, que representam a segundaprincipal causa de mortalidade entre os pacientes acromegálicos não tratados. Rouquidãodeve alertar para a possível presença de estenose glótica ou de lesão do nervo laríngeorecorrente. A apnéia obstrutiva do sono ocorre em 70% dos pacientes acromegálicos. Depressãorespiratória central de etiologia desconhecida também pode ocorrer. Dificuldadespara ventilação sob máscara e intubação traqueal devem ser antecipadas em pacientesportadores de acromegalia. As técnicas de intubação com o paciente acordado podem seruma boa opção nestes pacientes. Benzodiazepínicos e opióides devem ser utilizados comcautela e com monitorização da ventilação.4. Qual a monitorização e a técnica anestésica indicadas?Miocardiopatia e hipertensão arterial são frequentes nesses pacientes. Nas hipofisectomiastransesfenoidais é comum a ocorrência de picos hipertensivos súbitos. A monitorização contínuada pressão arterial possibilita diagnóstico e tratamento precoces. O fluxo sanguíneo daartéria ulnar está comprometido em mais de 50% dos pacientes acromegálicos, principalmenteem pacientes com a síndrome do túnel do carpo, nos quais o fluxo sanguíneo para a mão podeser totalmente dependente da artéria radial. Hipofisectomias transesfenoidais são realizadasna posição semi-sentada e o transdutor da pressão arterial direta deve ser nivelado pelo meatoauditivo, para que a pressão arterial média seja um parâmetro fidedigno da pressão de perfu-

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