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anestesia casos clínicos

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Capítulo IV - Olhos, Ouvidos e Garganta Anestesia Casos Clínicos - 67cleral prévia), enoftalmia, punções múltiplas, inexperiência do anestesiologista e movimentação do pacientedurante o bloqueio.O quadro clínico inclui dor intensa e perda súbita da visão. Em pacientes sedados, pode-se observar inquietaçãoe agitação. O olho pode apresentar-se hipotônico, se houver perda de substância, ou com a PIO aumentada,se houver administração da solução anestésica no seu interior. Já foram descritos hipotonia ocular(PIO < 8mmHg) em 30% de pacientes com perfuração acidental do olho e hipertonia (PIO > 22mmHg) emcerca de 10%. Tais sintomas, se associados à maior dificuldade e resistência à punção, levam à suspeiçãode perfuração do globo ocular.O tratamento deve ser feito por oftalmologista especializado. As principais consequências a curto prazo sãohemorragia vítrea e descolamento de retina e, a longo prazo, vitreo-retinopatia proliferativa, descolamentocrônico ou repetido de retina e fibrose de mácula.3. Durante o procedimento de introflexão escleral, a frequência cardíacado paciente apresentou redução abrupta de 65 bpm para 38 bpm. Qual aexplicação mais provável?A tração da musculatura extraocular e a extensa dissecção da conjuntiva, necessárias à realização da técnicacirúrgica, podem desencadear o reflexo óculo-cardíaco. A presença de dor também deve ser consideradacomo diagnóstico diferencial.4. O reparo do descolamento de retina ocasionalmente requer o usointraocular de gás. Que diferentes tipos de gases podem ser usados?Na técnica cirúrgica empregada administra-se, na câmara posterior, pequeno volume de gás inerte, com ointuito de pressionar a retina contra a parede do globo ocular, tamponando a lesão e favorecendo a reabsorçãode fluido subrretiniano. Podem ser utilizados ar, xenônio, hexafluoreto sulfúrico (SF6), perfluorcarbono(C2F6) ou perfluoropropano (C3F8).5. Qual a implicação anestésica da utilização intraocular de gases?Ar e xenônio são gases não-expansíveis, mas hexafluoreto sulfúrico, perfluorcarbono e perfluoropropanosão expansíveis. Durante a realização de <strong>anestesia</strong> geral em portadores de gás intravítreo, deve-se evitaro uso do óxido nitroso (N2O), que pode sofrer difusão e causar expansão da bolha intraocular, com possibilidadede grave aumento da pressão intraocular. O óxido nitroso não deve ser utilizado por cerca decinco dias após a administração de bolha de ar, por 10 dias após bolha de hexafluoreto sulfúrico (SF6), porperíodo superior a 30 dias com perfluorcarbono (C2F6) e perfluoropropano (C3F8), ou até que a bolha sejacompletamente reabsorvida.Se for necessária a administração de óxido nitroso durante <strong>anestesia</strong> geral para técnica de injeção intravítreade gás, deve-se interromper sua administração por cerca de 15 minutos antes da injeção do gásintraocular. O intuito é o de evitar difusão do óxido nitroso e diminuição da pressão intraocular após o fimda <strong>anestesia</strong>.Caso 5Criança de 5 anos, do sexo feminino, submetida a operação de estrabismo sob <strong>anestesia</strong> geral inalatória. Àtração do músculo reto medial, apresentou bradicardia sinusal súbita.

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