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anestesia casos clínicos

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Capítulo II - Anestesia em Obstetrícia Anestesia Casos Clínicos - 33Raqui – Uma complicação frequente com a raqui<strong>anestesia</strong> é a hipotensão arterial. A incidência e a gravidadedependem da extensão do bloqueio, da posição da paciente e se medidas profiláticas foram tomadaspreviamente. Ao ser diagnosticada, deve ser tratada prontamente. Pode-se utilizar efedrina em bolus de 5 a10mg ou como opção temos os alfa 1agonistas como metaraminol em bolus ou fenilefrina em infusão contínua.Outra complicação, na grávida é um risco aumentado de cefaléia pós raqui.Bloqueio combinado – com a quebra da barreira protetora do SNC após a punção da dura-máter pelaagulha de raqui, aumenta-se o risco de contaminação por agentes infecciosos que podem levar a quadrosde meningites bacterianas e até abscesso peridural. Estima-se um risco duas vezes maior com a técnicacombinada do que na peridural contínua.Caso 3Primigesta, 28 anos, gestação de termo, será submetida a cesariana eletiva por apresentação pélvica. Pacientehígida, estado físico P1 (ASA), em jejum há 8 horas, recebeu indicação de raqui<strong>anestesia</strong>.1. Justifique a escolha da técnica?As vantagens do emprego da raqui<strong>anestesia</strong> para cesariana por apresentação pélvica incluem: rápido iníciode <strong>anestesia</strong> cirúrgica, simplicidade de execução, alta taxa de sucesso (incidência de falhas ao redor de 2%),exposição fetal desprezível a agentes depressores, bloqueio motor intenso, facilitando campo operatório, jáque a extração pélvica impõe alguma dificuldade ao obstetra.2. Descreva a técnica e aponte o material adequado.A disponibilidade e preparação do material são essenciais para o sucesso da técnica. Equipamentose drogas de ressuscitação devem estar prontamente disponíveis. A monitorização pressupõe eletrocardioscopiacontínua, mediadas seriadas da pressão arterial(não invasiva) e oximetria de pulso. Acateterização de uma linha venosa e infusão de cristalóides devem preceder a punção. A punção deveser realizada em condições assépticas e a bandeja de bloqueio deve proporcionar fácil acesso aosmateriais, impedindo o contato das soluções antissépticas com as agulhas para evitar a possibilidadede neurólise. As agulhas devem ser de pequeno calibre. Existem dois tipos principais de agulha pararaqui<strong>anestesia</strong>, as cortantes do tipo Quincke-Babcock, mais tradicionais, e as mais modernas com oformato de ponta de lápis (não cortantes do tipo Whitacre e Sprote). As agulhas de menor calibre, 26ou 27G apresentam menor chance de produzirem cefaléia pós-raqui, quando comparadas às de calibre22 e 25G. Mesmo quando se comparam agulhas com o mesmo calibre, porém com pontas diferentes,a vantagem quanto à menor incidência de cefaléia pós punção dural recai sobre as de ponta não cortante.Agulhas mais finas, como as de calibre 29 a 32G, acarretam maior dificuldade técnica, obrigandomuitas vezes a inúmeras punções, aumentando o tempo de execução do bloqueio, o índice de falhas enão diminuindo a ocorrência de cefaléia.3. Cite os anestésicos locais mais utilizados, adjuvantes e doses.A bupivacaína hiperbárica a 0,5% é o agente anestésico local (AL) mais frequentemente utilizado. Por esta via,sua duração de ação é de 1,5 a 2 horas, tempo suficiente para a grande maioria das operações cesarianas. Asdoses variam, mas não excedem 15 mg devido ao risco de complicações pelo bloqueio alto. Recentemente,o emprego de substâncias adjuvantes, como opióides lipossolúveis, tem permitido o emprego de doses cadavez menores de bupivacaína hiperbárica a 0,5%(12,5, 10 e até 8mg), capazes de produzir <strong>anestesia</strong> cirúrgica

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