150 - Anestesia Casos Clínicos Capítulo VIII - Anestesia em Pediatria4. Descreva as possibilidades de intervenção farmacológica específicapara a profilaxia desta complicação.Os fármacos habitualmente utilizados na profilaxia e tratamento da emese pós-operatória distribuem-se emcinco grupos: derivados da benzamida, antihistamínicos, antagonistas dopaminérgicos, anticolinérgicos eantisserotoninérgicos.Crianças com risco moderado a alto devem receber profilaxia combinada com duas ou três drogas de classesdiferentes.O ondansetron é o fármaco de primeira linha e o único dos antagonistas 5-HT3 aprovado para uso em idadeinferior a 2 anos. Metanálises e estudos mais simples mostram a superioridade desse agente em relação aodroperidol e à metoclopramida.As doses de droperidol pediátricas, extrapoladas a partir das doses dos adultos (0,625 – 1,25 mg) são de10 a 15 µg/kg. Devido ao potencial de reações extrapiramidais e altos níveis de sedação, essa medicaçãoé recomendada apenas em <strong>casos</strong> de falhas de profilaxia de outros agentes em crianças internadas ou readmitidasdevido a NVPO.A profilaxia de NVPO em crianças de risco moderado a elevado deve incluir um antagonista 5-HT 3e, pelomenos, um segundo fármaco.Outros estudos randomizados e controlados menores mostraram eficácia também da escopolamina transdérmicae da estimulação do ponto P6 com acupuntura na prevenção de NVPAH.Baixas doses de naloxona (0,25 µg/kg/min) reduzem NVPO e a necessidade de antieméticos de resgate,quando comparadas ao placebo, e diminuem significativamente os efeitos colaterais dos opióides, tanto emadultos quanto em crianças.Quadro I - Doses de antieméticos para profilaxia de VPO em criançasFármaco Dose EvidênciaDexametasona 150 µg/kg até 5 mg RSDimenidrinato 0,5 mg/kg até 25 mg RSDolasetron 350 µg/kg até 12,5 mg ERCDroperidol 10 a 15 µg/kg até 1,25 mg RSGranisetron 40 µg/kg até 0,6 mg ERCOndansetron 50 - 100 µg/kg até 4 mg RSTropisetron 0,1 mg/kg até 2 mg RSERC = estudo randomizado controlado; RS = Revisão SistemáticaQuadro II - Combinações sugeridas de antieméticos profiláticos em pediatriaOndansetron 50 µg/kg + dexametasona 150 µg/kgOndansetron 100 µg/kg + droperidol 15 µg/kgTropisetron 0,1 mg/kg + dexametasona 0,5 mg/kg
Capítulo VIII - Anestesia em Pediatria Anestesia Casos Clínicos - 1515. Descreva as medidas farmacológicas terapêuticas a seremimplementadas em caso de ocorrência de náuseas e vômitos, com ou semuso profilático de antieméticos.Quando existir necessidade do tratamento, um antiemético diferente dos administrados na profilaxia deveser inicialmente escolhido. Episódio emético ocorrido após 6 h de pós-operatório pode ser tratado com qualquermedicação usada na profilaxia, exceto a dexametasona e a escopolamina transdérmica.Caso 7Criança do gênero masculino, com 5 anos, P3 pela classificação da ASA, com história de alergia ao látex,diagnosticada após contato com bexigas de festa e confirmada por testes Rast específico, será submetida atransplante renal intervivos, por insuficiência renal terminal. Antecedentes anestésico-cirúrgicos: Derivaçãoventriculo-peritoneal para correção de hidrocefalia, vesicostomia e pielostomia, fechamento de vesicostomiae pielostomia com reimplante ureteral e ampliação vesical com cateterismo intermitente.1. Relacione os fatores de risco para alergia ao látex.Portadores de espinha bífidaProcedimentos múltiplos no trato urogenitalProcedimentos múltiplos no neuro-eixoCirurgias múltiplas em idade precoceParalisia cerebralRetardo mentalQuadriplegiaAlergias a abacate, banana, kiwi, castanha, mamão papaia, pêssego e mangaProfissionais da indústria de borracha, de alimentos e cabelereirosProfissionais da área de saúdeHistória de atopia, rinite alérgica, asma e eczema.2. Descreva a etiologia da alergia ao látex.A borracha natural, ou látex, uma seiva extraída da árvore da borracha, Hevea brasiliensis, natural da Amazônia, é constituídopor poliisopreno, lípides, fosfolípides e proteínas. Durante sua manufatura, que inclui vulcanização (elevação datemperatura a 30º C), são adicionados compostos químicos, tais como amônia, tiocarbonetos, antioxidantes e radicais deenxofre. As proteínas constituem os alérgenos causadores da maioria das reações aos derivados do látex.As luvas de látex são consideradas o principal derivado do látex determinante do aumento da sensibilização,sendo que as com talco contêm, geralmente, quantidade maior de proteínas e níveis alergênicos maiores.Diferentes fabricantes produzem luvas com compostos químicos distintos e variáveis teores de proteína, oque torna um produto com poder alergênico maior do que outro.Existem duas causas de reações ao látex: alérgicas ou imunológicas (reações de hipersensibilidade tipo I eIV) e não alérgicas (irritativas).A reação de hipersensibilidade tipo I é por sensibilização às proteínas do látex, com quadro que varia deedema localizado até choque anafilático e óbito. É uma reação imediata, com repercussões sistêmicas causadaspor anticorpos circulantes do tipo IgE, para as proteínas do látex natural, com sintomas surgindo logoapós a exposição (30 min).
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